Retrato da vida


Belerofonte enfrentando a Quimera - Gravura em terracota do século 3 A.C.

Queremos viver segundo uma fórmula toda particular, de acordo com o “teorema” criado conforme nossos pontos de vista. Mas a vida não é uma ciência exata, e ainda mais inexatos somos nós.

Costumamos “terceirizar” a responsabilidade por nosso desiderato, e quando: o filho, o amigo, o colega, o cônjuge, os pais... não se moldam às nossas expectativas, nos encasulamos em nosso eu, erguendo muralhas de silêncio, inconformação, distanciamento, animosidades...

Ante o descompasso entre nossas ideações e a realidade, não enxergando no outro nosso próprio reflexo; nos sentimos: injustiçados, perseguidos, incompreendidos...

Cobramos dos outros, que se coloquem em nosso lugar, contudo, abortamos a recíproca: pré-julgando, condenando, censurando, combatendo, medindo por nossa pessoal medida...

Na vida não existe receita pronta nem prato feito. Cada dia é novo e único, cada pessoa é um ser singular e a dinâmica dos acontecimentos, exige uma ativa flexibilidade nos atos, pensamentos e palavras. Assim como a água parada estagna (e serve de berçário para o mosquito da dengue), também estagnamos, quando nos recusamos a entender , que a verdadeira fonte de nossas venturas e desventuras, jorra em nosso íntimo, que o nascedouro de nossos reais infortúnios, não está nos outros.

Perseguidores do “impossível”, desprezamos inúmeras possibilidades; caçadores de quimeras, menoscabamos a realidade e, cegos pelo personalismo, seguimos, cristalizando mente e coração, regelando atitudes, postergando oportunidades, destruindo afetos sinceros... Vamos cultivando ervas daninhas e aguardando florações perfumosas.



Postado aqui em 07 de maio de 2008.


Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

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