Alex o melhor aluno



... Eu tô instudano ingrês purque purtuguês nós já sabe...


Maçã.


Um texto para crianças de 5 a 105 anos! Um dos sete contos do nosso livro: Coleção Graziela.


Alex era um menino rebelde, na escola ele vivia com o pensamento longe. Enquanto a professora dava aula de português, matemática, estudos sociais...


ele sonhava com a praia, o vídeo game ou as brincadeiras na rua.


Quando não estava no mundo da lua Alex aprontava na sala: era bolinha de papel, badogue, beliscão... ele fazia de tudo menos estudar, dizia que queria ser jogador de futebol ou cantor de pagode e para isso não precisava estudo.


A professora ele via como uma bruxa, uma megera que só sabia dizer: “Senta menino! Cala a boca Alex! Vai ficar de castigo! Vou chamar seu pai! Preste atenção! Não abuse seu colega!..”. Definitivamente, escola não era para ele.


O pai dele então resolveu matriculá-lo numa escolinha de futebol para ver se melhorava alguma coisa, duas semanas se passaram e Alex desistiu pois tinha que estudar táticas, treinar, fazer exercícios físicos... ele pensava que era só chegar lá e sair jogando sem nenhum esforço.


A mãe dele então resolveu comprar alguns instrumentos para que pudesse formar um grupo de pagode, um mês depois o grupo estava desfeito pois Alex achava que ensaio era perda de tempo que era só chegar e tocar, sem ensaios o grupo desafinou e dançou.


Sem escola, sem futebol nem pagode Alex foi crescendo sem estudo e sem futuro.


Um dia ele foi se empregar como balconista numa loja de um grande shopping mas na entrevista:


- Senhor Alex porque o senhor quer se empregar em nossa loja?


- Sabe qualé véio? é qui eu priciso discolá uma verba aí pra pudê dá meus pinóte nos regae.


- O senhor fala alguma lingua?


- Eu tô instudano ingrês purque purtuguês nós já sabe.


- O senhor tem alguma experiência em shopping.


- Eu gosto muito, mas prefiro uma cervejinha.


Com respostas tão maravilhosas como essas e muitas outras, ele não conseguia emprego em lugar algum então resolveu vender frutas na feira, mas os “amigos” o chamaram para dar uns mergulhos na lagoa que ficava ali perto, e lá se foi Alex deixando as frutas para trás e quando resolveu voltar não achou mais nada.


O seu tio fazia jogo do bicho e chamou ele para trabalhar, mas tinha um problema: Alex não sabia fazer conta nem em faz de conta.


A empresa de limpeza pública abriu vagas para gari, mas pedia o certificado do primeiro grau que Alex não tinha.


Assim ele resolveu entrar para o mundo do crime, entrou para o bando do Pescoção, um ladrão muito conhecido daquelas redondezas. Estava tudo marcado, seria um assalto a uma joalheria, mas havia um problema; tudo tinha que ser bem cronometrado, todos só tinham relógios de ponteiros (analógicos) e Alex só sabia ver as horas em relógio digital .


Sem estudo, nem para ladrão ele servia, assim desanimado e triste ele começou a usar drogas e com as drogas ele ficou mais desanimado e mais triste, foi emagrecendo ficou doente e um dia, de tanta droga ele morreu, morreu sem amigos pois ninguém queria ser amigo de um viciado sem estudo e preguiçoso; morreu sem os pais pois havia trocado a casa pelas ruas. Nesse instante o despertador tocou e Alex acordou aliviado, tudo tinha sido apenas um sonho. Daquele dia em diante ninguém sabia porque, Alex passou a ser o melhor aluno de toda a escola.

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Foto do autor: Antonio Pereira (Apon).


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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

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