De lá e daqui



... Flagela pobres pretos o desdém. Polêmica? Só se ameaçar do rico o ócio, ou do político seu sócio, comprometer o “não contabilizado” da...

Antonio Pereira Apon.

Fila de pobres.

Na Centro-América, um Haiti.

Favelas, encostas,

aldeias...

Haitis daqui!

Lá e cá:

Miséria endêmica, desumanização!

Pretos pobres de mãos postas,

autoridades dando as costas,

muito ocupadas com a próxima eleição.

Terremoto aqui não tem,

flagela pobres pretos o desdém.

Polêmica?

Só se ameaçar do rico o ócio,

ou do político seu sócio,

comprometer o “não contabilizado” da política.

Mas que importam os Haitis?

É carnaval, tem trio e axé,

“gente bonita”, turista, pegação...

Mas não dá pra disfarçar:

Nas cordas outro Haiti!

Cordeiros mal calçados, ínfima remuneração,

muita sede e pouca água,

muita a fome, pouca a ração.

Dentro, Brinca a brancolândia mulata,

fora, a pobreza desejada invisível,

mas explícita, explicita o Haiti daqui.

Ajudem, socorram, amem o Haiti de lá,

mas não esqueçam dos de cá.

Sobretudo na hora do voto,

lembrem dos múltiplos,

dos tantos,

dos nossos Haitis.



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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

2 Comentários

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  1. Lindo Apon!!!
    Que sensiblidade maravilhosa, de eternecer o coração e despertar a consciência.
    Com tua permissão, gostaria de postar também este texto no Celeiro. Agradeçod esde já, amigo querido.

    Tenha uma semana abençoada, de paz, saúde, alegria e trabalho no bem.

    ResponderExcluir
  2. Oi! muito obrigado por suas gentis palavras. Sinta-se a vontade para reproduzir o texto no "Celeiro". Para mim é uma honra.

    Um grande abraço.

    ResponderExcluir
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