Efeito Copa. O mito da vontade política



Gastos de mais, benefícios de menos. Faz de conta, jogo de cena, factoides e pirotecnias. Vai-se a Copa, as Olimpíadas... Fica o povo para pagar a conta, bancar (e padecer com) os desserviços da politicagem.


Bola de futebol.


Até parece nome de filme, mas é um título bem adequado para tratarmos desse fenômeno nacional. O espetáculo midiático do combate ao trafico, montado no Rio de Janeiro, não tem nada de "vontade política". Afinal, quem já passou da idade de crer em Papai Noel, bem sabe que a única vontade que move nossos políticos é a defesa dos seus próprios interesses.


Durante décadas, a omissão, a incompetência, o descaso e a negligência permitiram que o crime aprofundasse raízes e, agora, sob o "efeito copa", a mitologia politiqueira tenta criar um herói, engendrar um "Shuazeneger dos trópicos". Mas Rio não é Califórnia, Sérgio não é Arnold e garantir um mínimo de segurança, não passa de uma das mais elementares das obrigações de governantes que mereçam algum respeito e que, além de operações cinematográficas, garantam ao povo uma realidade menos intranquila.


O "efeito copa" ainda deve afetar positivamente o apagão aéreo e energético, a tal mobilidade urbana... E do banquete de negócios e negociatas, devem restar migalhas de benefícios para a população já tão cansada de canastrões protagonizando mocinhos, quando carecem de talento até mesmo para interpretarem "a mosca do cocô do cavalo do bandido".


Faroeste baiano:


O "efeito copa" ainda não se fez sentir na segurança baiana. O interior faz lembrar o "Velho Oeste", os bandidos fecham as cidades, distribuem tiros para tudo que é lado e fogem com o dinheiro roubado do banco, enquanto a polícia, coitada... Amarga a "fartura": farta contingente, farta combustível, farta... ... ... ...


Na capital, sobra "saidinha bancária", balas mais que perdidas, assalto no engarrafamento, no restaurante... E o vertiginoso aumento no índice de homicídios ganhou nas últimas semanas um componente tétrico. Baixou na bandidagem um espírito do "cangaço". Decapitaram duas adolescentes e um anão que respondia pela singela alcunha de: "Chuck". Nessa escalada de terror, não será de espantar a aparição do Freddy Krueger, ou do Frankstein. O "efeito copa" tem que pintar rapidinho na Bahia, senão, com esse surto de insegurança e essa onda de "patrimônios imateriais", terminarão imaterializando o Estado, ou fazendo que o "Rio seja aqui".


Portanto, não se espante com atitudes incomuns ou posições louváveis da politicalha tupiniquim. Não se trata de "vontade política". Uma copa faz milagres, mas nem tanto.



(Postado aqui em 04 DE DEZEMBRO DE 2010). O que mudou de lá para cá????


Bola.
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Antonio Pereira Apon

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1 Comentários

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  1. Você tem toda razão... :-)

    Mas mesmo com motivo oculto e politicagem barata ( que sai cara no bolso do contribuinte), ainda é melhor ter melhora na segurança do que não ter.
    Se é isso que o futebol pod nos proporcionar, eu aceito de braços abertos.
    Vamos marcar uma Copa aí no Nordeste também...

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