Pessoas não são números



... precisam ser tratadas como pessoas, gente é questão de humanidade, não de matemática. Números se podem fraudar sem escrúpulos, amontoar em presídios... Números podem ser omitidos ou simplesmente "apagados"...


Antonio Pereira Apon.


Gatilho.


Estamos nos acostumando tanto com a violência, que para muitos, matar ou morrer, parecem acontecimentos normais, parte da rotina diária, como comprar o pão, descartar o lixo...


Houve um tempo, em que o espanto e a comoção eram reações comuns ante um cadáver exposto em via pública. Hoje, entre conjecturas levianas, patológica curiosidade, opiniões ferinas, julgamentos açodados, e risos de mórbida ironia, tudo se faz corriqueiro e normal, episódio banal, triste crônica urbana, espetacularizada pela mídia vampira. Na busca da audiência fácil, estabelecendo uma simbiose macabra, com o espectador desse circo de horrores da desgraça humana.


Gente é transformada em número da estatística policial. Mas, números não são pessoas, número não tem pai nem mãe, filhos, sobrenome, amigos, alma... Números não nasceram, nunca engatinharam, nunca sorriram...


Pessoas precisam ser tratadas como pessoas, gente é questão de humanidade, não de matemática. Números se podem fraudar sem escrúpulos, amontoar em presídios... Números não precisam de educação, justiça, nem saúde, não carecem de dignidade, não possuem cidadania. Números podem ser omitidos ou simplesmente "apagados".


Pessoas? Pessoas não são números.



(Postado aqui em 07 de dezembro de 2010).


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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

6 Comentários

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  1. Á verdade e esa: estamos tan acostumados á violencia que case a vemos con naturalidade.
    Debemos de ser máis reflexivos e tratar as persoas como quixéramos que nos tratasen a nós.
    un abrazo.

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  2. Perfeito amigo, a violência, descaso, corrupção hoje são tão presentes que acabamos endurecendo o coração e olhando para as pessoas ao nosso redor como se fossem coisas e assim também somos tratados o que acaba gerando um círculo vicioso e bizarro...
    espero que um dia a humanidade recupere a consciência de que cada um é importante, que violência não é algo normal, que somos pessoas e não coisas a vagar sem necessidade de valor e atenção...

    Um enorme abraço e bom domingo !!! :)

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  3. Olá, Amigo. Bom fim de tarde e semana. È Apon a triste realidade! Não sabemos por onde caminhar.......a violência, o descaso, a ostentação tão desigual em nossos dias, onde só o materialismo impera. Somos números, escravos do sistema. Onde iremos parar? temos que ser firmes em nossas covicções e na fé! Agradeço por partilha. Grande abraço!

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    Respostas
    1. Colocar o ser acima do ter é o único caminho para uma humanidade melhor. Senão, seguiremos cada vez mais números e menos gente.

      Um abração e uma boa semana.

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  4. Boa noite de paz, amigo Antonio!
    Fico apavorada ao ver a que ponto chegamos a humanidade. Que barbaridade, é mesmo banalizar o horror, a monstruosidade reina em muitos corações.
    Lutemos pela vida e por nos ter em conta como pessoas.
    Tenha uma noite abençoada!
    Abraços fraternos de paz e bem

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    Respostas
    1. Agora, além dos desumanos números da insegurança criminosa, na pandemia, somos vitimados pelo crime do descaso, negligência, incompetência e irresponsabilidade de incertas autoridades. Mas, tudo passa, inclusive, essa inumana "gente".

      Um abraço. Tudo de bom.
      A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.

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Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




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