Infelicidade programada



... os ouvidos superlativam palavras, acordam a língua contundente e desatinada. Gênios indomados; de ego em riste...


Deserto.

Vivem a ruminar o passado,

indiciando “culpados” para suas culpas,

exumando ressentimentos a pretexto de pretensas razões.

Atidos, contidos;

cativos dos próprios fantasmas,

de um “autismo” mal arranjado.

Viciados em si, por si subjugados.

Melindrosos, os ouvidos superlativam palavras,

acordam a língua contundente e desatinada.

Gênios indomados;

de ego em riste,

atropelam a realidade,

apunhalando, atassalhando afetos.

Com fel no verbo,

vociferam azedando a vida;

desertificando afeições,

esterilizando emoções,

infelicitando o existir.


Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

6 Comentários

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  1. Excelente, Antonio! Texto e título apropriadíssimos ao egoísmo imperante hoje em dia! E, ainda vivem reclamando em nossos ouvidos o que vivem programando: - infelicidade!
    Abraço, Célia.

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    1. O pior é que nem se dão conta do mal que fazem. Saem arrotando "certezas" e terceirizando a culpa de sua infeliz colheita.

      Obrigado, Célia. Um abração e bom fim de semana.

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  2. Antonio, triste isso né? Ainda veremos muito as pessoas reclamando, culpando Deus e o Diabo por suas agruras, a humanidade "inocente", ah, amigo, também fico assim como você, querendo me expressar e nem tenho palavras para dizer o que de péssimas energias que há a nos rodear, mas ainda acredito na vida, na recuperação das almas que aqui estão, companheiros de reencarnação, pois se não fosse essa crença ficaria bem mais triste, por ver que muitos perdem tanto tempo com coisas destrutivas!
    Abraços meu amigo poeta sensível!

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    Respostas
    1. É o império da velha insensatez humana. Enquanto nos atemos nas supostas culpas alheias, que não podemos consertar. Esquecemos de perceber aquilo que podemos corrigir em nós mesmos.

      Obrigado, Ivone. Um abração e bom fim de semana.

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  3. Olá, bom dia, Antonio

    Hoje, é sábado. Na minha Sampa, estamos na Primavera. Tempo de frio e ventos, tudo juntos e misturados. Mas, certamente não falta o aquecimento humano em quaisquer lugar, onde encontra-se uma Alma, amiga e admirável.
    Por isso, desejo-te, um fim de semana bom. Com alegrias e contentamentos mil.
    Além do meu Sentimento de Amizade. Saúde e Paz. Estou te esperando, para falarmos do " tempo", lá na minha página.
    Um abraço, do tamanho dos seus sonhos.

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Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




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