O tempo. Suas faces, facetas e falsetas


Ilustração oficial do blog - Uma rosa vermelha na diagonal, sobre um fractal do por do sol, com o nome Apon em relevo, na parte inferior da imagem. #PraCegoVer

Na areia que se esvai na ampulheta,

no ciclos dos ponteiros,

na intermitência dos dígitos,

nas folhas que desfolham da folhinha....


O tempo!

Tempo que cura emata,

castiga e perdoa,

maltrata e faz carinho,

espada e ancinho,

pedra e pão.


Sacro e sacrílego,

aristocrático e campesino;

bálsamo e látego,

ancião e menino.


Direita e esquerda,

capitalista e socialista;

ganho e perda,

aliado ou nazista.


Judeu e Palestino,

cristão e muçulmano;

proativo e destino,

bestial e humano.


Panfletário e submisso,

conservador e vanguarda;

protagonista e omisso,

dianteira e retaguarda.


Silêncio e som,

berço e túmulo;

aprendizado e dom,

desperdício e acúmulo.


Amor e ódio,

céu e chão;

trabalho e tédio,

válido e vão.


Crepúsculo e alvorada,

ardente e frígido;

partida e chegada,

flexível e rígido.


Espírito e matéria,

corpo e alma;

riqueza e miséria,

fúria e calma.


Sábio e ignorante,

laico e religioso;

humilde e arrogante,

confiável e vicioso.


Um tanto de tudo,

um tanto de nada...

Tempo... Tempo... Tempo...


Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

6 Comentários

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  1. Querido amigo Antonio, lindo poetar em antagonismo, tudo é assim, o tempo então, nossa, esse não tem como, "... um tanto de tudo/ um tanto de nada..." bem assim é viver meu amigo poeta querido!
    Abraços e tenhas um lindo fim de semana!

    ResponderExcluir
  2. Que bela sua ponte entre as possibilidades antagônicas, reflexivas e metafóricas que a vida nos apresenta diariamente... Um horizonte muito próximo é o que o "tempo" nos traz...
    Abraços.

    ResponderExcluir
  3. Oi, Apon, como vai?
    Muito interessante seu poema sobre o tempo... coincidência ou não, é o tema que estou trabalhando essa semana com minha turminha do 1º ano, e acabei de ler um texto sobre o tema no blog da Beth Lilás... será um sinal? hahaha
    O que mais gostei foi como cercou o tempo com antagonias, tão características dele, que pode ser o algoz ou o bálsamo... Muito bom. Um abraço!

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    Respostas
    1. Acho que é um sinal do tempo! Tempo que reflete a dualidade humana, a alternância das possibilidades...

      Obrigado. Um abração.

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Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




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