Estamos nos acostumando... Até que...


Ilustração oficial do blog - Uma rosa vermelha na diagonal, sobre um fractal do por do sol, com o nome Apon em relevo, na parte inferior da imagem. #PraCegoVer

Pouco a pouco, como em gotinhas homeopáticas de condicionamento social, vamos nos acostumando, habituando e sem nem nos darmos conta, começamos a aceitar o inaceitável, admitir o inadmissível, justificar o injustificável, enxergar normalidade no que é absolutamente anormal... E quando nos apercebemos da realidade, estamos participando, compactuando com verdadeiras aberrações. Assim aconteceu com os alemães e o nazismo, os católicos e a inquisição, os mulçumanos e o terrorismo, torcedores de futebol e os confrontos nos estádios...


Estamos nos acostumando com o morticínio diário de nossas cidades, onde corpos se amontoam nas estatísticas, vitimados por balas perdidas ou não, por todo tipo de violência. Já não estranhamos, já não ficamos perplexos. “Vacinados” por essa sinistra rotina, nos posicionamos como meros espectadores. Até que o sangue respingue em nossa acomodação.


Estamos nos acostumando com uma certa dose de corrupção, de bandalheira política, tomamos partido dessa ou daquela quadrilha, nos colocamos uns contra os outros, em defesa do indefensável banditismo político que matou todas as ideologias, estuprou a ética, prostituiu a república e tomou por única e pluripartidária bandeira, o fisiologismo politiqueiro que aposta no “remake” da velha ração de “pão e circo” que usa a miséria e a mentira como ferramenta eleitoreira. Assim vamos, qual quixotes alienados e desastrados, até que tropecemos no arbítrio nefasto; seja de direita ou de esquerda, afogados nas lágrimas tardias de nossa inconsciente e permissiva inconsequência. Só então descobriremos: Fora da verdadeira e mais honesta democracia não há real e legítima Ascenção social.


Estamos nos acostumando com o discurso fanático e alienante de facções religiosas falso moralistas, arregimentando exércitos de seguidores, reclamando para si o monopólio de Deus, da verdade e de uma pretensa salvação. Mercadores da “fé”, bem dissimuladamente espoliam seus incautos fiéis, subliminarmente, instigam o sectarismo, a aversão e a intolerância para com adeptos de outras religiões. Até que ressuscitem os tristes tempos das ditas “guerras santas”, da “caça às bruxas”, das fogueiras homicidas...


Estamos nos acostumando com a deseducação, com a insalubridade e a insegurança endêmicas, com pagar caro por serviços ordinários, pagar a conta, os impostos dos tantos malfeitos de governantes e agregados, os condicionamentos e modismos ditados pelas mídias, música vagabunda, a “extorsão” dos “guardadores de automóveis”, carteiradas, furar fila, pirataria... Até que, estaremos irremediavelmente, acostumados demais, para lembrar de querer mudar alguma coisa.


Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

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