Curiosidades sobre os nomes dos meses do ano


Calendário anual. #PraCegoVer

A origem real do calendário, que é um sistema de agrupamento e cômputo de dias para atender às necessidades de controle, documentação e contagem cronológica de uma cultura, se perde no tempo entre inúmeras suposições. O que modernamente usamos, deriva de uma “equação” histórica entre deuses, números e imperadores da antiga Roma. Antes da fundação do império, tribos latinas povoavam as colinas de Alba. Eles dividiam o ano em dez períodos denominados conforme suas divindades. Se apropriando e adaptando tal sistema, os romanos. Começavam seu “novo” calendário em Martius (atual março). Posteriormente, Numa Pompílio, segundo rei de Roma, acrescentou mais dois meses. Calendário vem do latim calendarium (livro de registro ou de contas), que por sua vez veio de calendae, que indicava o primeiro dia de cada mês. Era o "dia de pagar as contas". O meio do mês era designado por Idus, enquanto Nonae nomeava o nono dia antes de Idus. Confuso, não?


O imperador Júlio César, foi responsável pela reforma do calendário, onde os meses eram lunares, correspondendo ao período de tempo entre duas lunações, cujo valor aproximado é de 29,5 dias (sistema ainda hoje usado em alguns países muçulmanos). Contudo, as celebrações em homenagem aos deuses seguiam regidas pelas estações. Assim, dez dias por ano eram ignorados. Para consertar essa “anomalia”, a cada três anos, era necessária a inclusão de um décimo terceiro mês, o Intercalaris. Eita bagunça!


Júlio César, assessorado por matemáticos egípcios e o astrônomo Sosígenes de Alexandria (responsável pela inserção de um dia a mais a cada quatro anos), pôs ordem na coisa, adotando o calendário solar com os meses: Januarius, Februarius, Martius, Aprilis, Maius, Junius, Quinctilis, Sextilis, September, October, November e December. assemelhado ao atual, exceto por: Quinctilis e Sextilis, que originaram os hoje conhecidos: julho e agosto; respectivamente, homenageando a Júlio César e César Augusto. Como o ano solar costuma ter aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 47 segundos (365,2422 dias). O acerto dessa conta se dá a cada quatro anos, quando as horas acumuladas são reunidas no dia 29 de Fevereiro, formando o ano bissexto, com seus 366 dias.


Nem tudo ficou totalmente resolvido com o calendário juliano pois, um ano tem 11 minutos e 14 segundos a menos do que se supunha. Assim, o papa Gregório XIII apagou dez dias do calendário e convencionou que, dos anos terminados em 00, só seriam bissextos os divisíveis por 400. Por isso, o calendário gregoriano foi adotado na maior parte do ocidente. Devido a esse recurso matemático de ano bissexto que permite o ajuste para fechar com as estações como se deseja.


Para ajudar a memorizar mais facilmente a quantidade de dias de cada mês, tem um antigo provérbio português: “Trinta dias tem setembro, abril, junho e novembro, fevereiro vinte e oito tem; se for bissexto mais um lhe deem, e os mais, que sete são, trinta e um todos terão”. Adaptado e encaixado numa musiquinha infantil: “Trinta dias tem Novembro, Abril, Junho e Setembro. Vinte e oito tem só um. Os demais tem trinta e um”.


Vejamos as curiosidades de cada mês. Clicando em cada descrição, você acessa as datas comemorativas de todos os dias do mês e nossa sugestão diária de leitura:


Janeiro


O ano já começou, é hora de despertar, o tempo não para, a vida não estaciona, aguardando quem tarda na estação da espera. Primeiro mês do ano nos calendários juliano e gregoriano. Tem 31 dias. O nome desse mês, Januarius, derivado do latim Ianuarius, era uma homenagem ao deus Jano, o senhor dos solstícios, encarregado de iniciar o inverno e o verão. Divindade mitológica romana, que tinha duas faces, uma olhando para trás, o passado e outra olhando para a frente, o futuro.


Fevereiro


O carnaval vem chegando, fantasiado de alegria. Mas... E a felicidade? Lembre que a vida continua após a loucura momesca. Segundo mês do calendário gregoriano, tem 28 dias, exceto em anos bissextos, em que ganha mais um dia (até 27 A.C., fevereiro tinha 29 dias. Quando o Senado criou o mês de agosto para homenagear Augusto, deparou-se com um problema: julho, o mês de Júlio César, tinha 31 dias, e o do imperador, apenas 30. Então o Senado tirou mais um dia de fevereiro, adicionando-o a agosto). O nome desse mês, vem de um rito de purificação, denominado em latim como februa. Assim, Februarius era o mês dessa cerimônia realizada pelos romanos, sacrificando animais em homenagem aos deuses do panteão, buscando uma boa primavera.


Março


O verão está se despedindo? Lá vem o outono? E daí?! A vida é feita de ciclos, cada estação tem seu encanto, pare de reclamar e aproveite. Viva mais e lamente menos. Sinta a poesia do mês da mulher... O nome desse mês, é dedicado a Marte, o deus da guerra (equivalente ao Deus grego Ares, o celta Teutates, e Tyr, para os nórdicos). Martius era o mês de semear os campos. Março é o terceiro mês do ano no calendário gregoriano e um dos sete meses com 31 dias; no Hemisfério norte é o sazonal equivalente a setembro no Hemisfério sul, em torno do dia 21, o Sol cruza o equador rumo ao norte; é o equinócio de março, início da primavera no norte e do outono no sul. Astrologicamente, o mês começa com o sol no signo de Peixes e termina no signo de Áries; astronomicamente, o sol inicia na constelação de Aquário e termina na de peixes.


Abril


O que temos feito por um mundo melhor? Boa reflexão para esse mês de destaque na História, literatura infantil e religiosidade. O nome do quarto mês do calendário gregoriano com seus 30 dias, pode ter surgido de uma celebração à deusa do amor, da beleza e do sexo, Afrodite na Mitologia Grega, Correspondente a deusa do amor, Vênus na mitologia romana, cujo nome em etrusco é Aprus; daí acreditar-se que “os amores nascidos em Abril são para sempre”. Também pode ter tido origem numa homenagem a aperio, “abrir” em latim. Aludindo ao desabrochar das flores, visto que, nesse período, é primavera no hemisfério norte.


Maio


No mês que homenageia as mães, cabe uma reflexão sobre o amor, amor incondicional, sem amarras, sem posse... Mês das mães, mês das noivas. Maio é dedicado a Maria, mãe de Jesus Cristo, segundo a Igreja Católica. O nome do quinto mês do calendário gregoriano que tem 31 dias, é uma homenagem a Maia, uma das deusas da primavera e mãe de Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. No hemisfério norte costumava-se enfeitar as janelas com flores amarelas (as maias). Este costume ainda se mantém em vários países: era neste mês que se realizava a festa em honra de Flora – os jogos florais - ,sendo coroadas com flores as mulheres que se destacassem nos jogos. Segundo Ovídio. Maio é o “o mês do conhecimento”.


Junho


Vem chegando o inverno, mas os namorados aquecem os corações, espalhando romance no ar. Como anda sua vida? Que tal dar uma repaginada? O ano está no meio, você tem aproveitado bem as oportunidades? Tem se cuidado? Cuidado dos outros? Da natureza? ... O sexto mês do calendário gregoriano tem 30 dias e o nome desse mês, reverencia a “toda poderosa” do panteão romano, Juno. Esposa de Júpiter, guardiã do casamento e do bem-estar de todas as mulheres. Por volta do dia 21, o Sol atinge o ponto mais ao norte em sua trajetória pelo céu; é o solstício de junho, começo do verão no Hemisfério Norte e do inverno no Sul. É o mês das festas juninas, assim denominadas no Brasil as festas comemoradas em junho em homenagem a Santo Antônio, São João e São Pedro. Bem provável que a influência portuguesa em nossa cultura, explique o comemorar a esses Santos. Outra possibilidade, pode ter sido a inspiração em antigos povos como os celtas, os Greco-romanos e seus rituais com fogueiras e folguedos em homenagem aos deuses da colheita, já que junho nos países do hemisfério norte marca o início do verão, sendo propício ao plantio.


Julho


Amigo de verdade, vem tornando-se artigo raro. Cuide de suas amizades, como quem cuida de um bem muito precioso. E não esqueça do dia da vovó! ... Sétimo mês do ano no Calendário gregoriano, tem 31 dias, o nome desse mês era Quinctilis. Simplesmente o nomeava quinto mês do antigo calendário romano, que começava em Março. Mas, em 44 a.C. o senado romano mudou o nome para Julius, em homenagem ao Imperador Júlio César. Julho começa (astrologicamente) com o Sol no signo de Câncer e termina no signo de Leão.


Agosto


Educar o filho, é construir um mundo melhor, com menos guerras e mais humanidade. Homens melhores, farão um mundo melhor. O passado será uma foto amarelada da nossa ignorância. Agosto, do latim augustus, é o oitavo mês do calendário gregoriano e tem 31 dias. O nome desse mês era Sextilis ou Sextil, visto que era o sexto mês no calendário romano. Segundo o historiador Suetônio, o nome “Augusto” foi instituído em 27 a.C., em homenagem ao imperador romano, César Augusto (63 A.C. – 14 d.C.). Popularmente tido como o “mês do cachorro louco”, um mês carregado de energia negativa, por isso considerado o mês do desgosto e do azar, cheio de superstição... Crenças diversas e diversos episódios históricos nos induzem a diferentes explicações acerca do “mau agouro” de agosto: Começo da Primeira Guerra Mundial, Hiroshima e Nagasaki foram atacadas com bombas atômicas, Adolf Hitler se torna o führer da Alemanha, suicídio de Getúlio Vargas, construção do Muro de Berlim, morticínio de católicos e protestantes da Irlanda do Norte, “em nome de Deus”, morte de Juscelino Kubitscheck em acidente automobilístico... A interpretação mais peculiar é que nesse mês; em decorrência do clima, a concentração de cadelas no cio aumenta muito, deixando os cachorros “loucos”, brigando para conquistar a fêmea. Essa luta feroz entre os machos, propicia que a raiva, transmitida pela saliva, se dissemine com maior facilidade. Animais infectados pela doença babam muito e ficam com aparência de “loucos”, daí a expressão “Cachorro Louco”. Mas agosto tem também muita coisa boa para espantar essa Zica. Confira e curta aqui.


Setembro


Renove-se! Semeie florações novas, na sua vida e na existência dos que te cercam. Para os últimos quatro meses do ano, a explicação para o nome deles é simples: setembro vem de Septem (“sete” em latim), Era, assim, o sétimo mês do calendário antigo. O nono mês do ano no calendário gregoriano, tem 30 dias. No dia 22 ou 23, o Sol cruza o equador celeste para o sul; é o equinócio de setembro, início da primavera no Hemisfério Sul e do outono no Norte.


Outubro


Somos todos, alunos e professores, no educandário da vida. Educar e aprender, é para adultos e crianças. Sempre reflita antes de agir. Um mundo melhor, começa em pessoas melhores. Décimo mês do ano no calendário gregoriano, tem 31 dias. Seu nome vem do latim octo (oito), pois era o oitavo mês do calendário romano, que começava em março. Peculiarmente, outubro começa sempre no mesmo dia da semana que o mês de janeiro, menos quando o ano é bissexto.


Novembro


Onde está o nosso pensar e sentir, aí está a nossa vida, o nosso eu que sobrevive ao túmulo. Somos espíritos imortais. Também somos cidadãos capazes de fazer um país melhor, uma república, uma democracia de verdade. Não uma vergonhosa republiqueta. Décimo primeiro mês do ano no calendário gregoriano, tem 30 dias. Seu nome vem de November, era assim o nono mês do calendário antigo.


Dezembro


Chega o final do ano, logo começa um novo calendário. A vida não sofre solução de continuidade. É hora de reprogramar o existir, otimizar o tempo e todos os recursos, para colher um verdadeiramente feliz ano novo. Décimo segundo e derradeiro mês do ano no calendário gregoriano, tem 31 dias. Seu nome vem de December, era assim o décimo mês do calendário antigo. Por volta do dia 21, o Sol atinge o ponto mais ao sul em sua trajetória pelo céu. É o solstício de inverno, começo do verão no hemisfério sul e do inverno no norte. Apesar das controvérsias acerca da data do nascimento de Jesus. Convencionou-se o dia 25 para a celebração do natal, data máxima para os cristãos. O primeiro presépio foi montado por Francisco de Assis, representando a natividade e a Sagrada família. Já o papai Noel, foi enxertado nas comemorações natalinas numa alusão ao bispo católico São Nicolau, que presenteava crianças pobres no século IV, enquanto a árvore de natal, diz-se que tal tradição começa em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Uma noite, ele caminhava pela floresta e ficou impressionado com a beleza dos pinheiros salpicados de neve. As estrelas do céu ajudaram na composição da encantadora imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta e simbolizar a luz do Cristo nos corações humanos.


Postado aqui em 11 de junho de 2015.


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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

4 Comentários

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  1. Bem, Antonio, elogiar seus posts tornam-se redundância! Esse também é muito interessante e elucidativo! Excelente! Apreciei e muito!
    Abraço.

    ResponderExcluir
  2. Olá meu caro,

    uma verdadeira aula o seu post. Obrigada por compartilhar.
    Passando para matar a saudade, agradecer o carinho e deixar um abraço

    Leila

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