Espelho, espelho nosso…


Ilustração oficial do blog - Uma rosa vermelha na diagonal, sobre um fractal do por do sol, com o nome Apon em relevo, na parte inferior da imagem. #PraCegoVer

Concretos ou figurados, eles povoam a realidade e o imaginário humano: Quebrados, “dão sete anos de azar”; “feitiço” de Narciso, delírios de rainha má. Mágicos, encantados, tecnológicos desvendam o universo, revelam o microcosmo, iluminam, seduzem, informam, divertem, diagnosticam…


Antes do químico alemão Justus von Liebig ter a ideia de aplicar uma camada fina de prata em um dos lados de uma chapa de vidro, a milênios, espelhos eram feitos de vidro vulcânico, bronze, cobre, pedra polida...


Modernamente. Numa placa de vidro bem polida e limpa com água desmineralizada e outros processos, cloreto de estanho e cloreto de paládio garantem a aderência de uma camada metálica, oriunda de reações químicas do nitrato de prata. Uma ou mais camadas de tinta para proteger da corrosão. E, depois de tudo seco, eis o nosso espelho prontinho para o uso.


Esse objeto que sempre instigou a imaginação humana, inspirando lendas, mistérios e superstições. Hoje é quase onipresente: Planos, côncavos, convexos, esféricos… Retrovisores, microscópios, telescópios, laser, eletrônica, comunicação, fotografia…


“espelho” do contracheque, da prova, do parque de diversões; do quarto ou do banheiro, grande ou pequeno, caro ou barato, sofisticado ou vulgar. Espelho.


Espelho que mostra a aparência, sonega a essência, não mente! Desmente a vã vaidade, reflete as marcas do tempo, as rugas que se intenta esconder. A beleza, não inventa. Até ostenta, mas só se houver!


Metafórico retrata a sociedade, revelando a cara de quem se espelha no mal feito, maltrata a verdade, parindo falsos reflexos, reais miragens.



Postado aqui em 3 de novembro de 2016.


Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

6 Comentários

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  1. Oi, Tonico!

    Ai, ai, o "minino" anda vendo imagens em pelota, que depois posta. A mulher que está nua até que não é "pera", graças a Deus, porque ser mulher pera, ninguém merece.
    Falando sério, meu querido, Vénus se vendo ao espelho é uma beleza. Que sensual pintura de Velasquez! Adorei!

    Quanto ao teu texto, como sempre metáfora social e dessa vez até informativo. Olha que eu desconhecia como se fazem os espelhos. Tenho muitos em minha casa e me miro neles, constantemente, mas não me chamo Narciso/a, não.

    Acho qualquer espelho um fascínio, excetuando aqueles que nos deformam, por brincadeira, mas pagamos pra nos vermos, daquele jeito.

    "Até ostenta, mas só se houver", escreveste tu, quando te referes à beleza. Sabes que há gente que não tem espelhos em casa - risos e outros não se enxergam, não por cegueira, doença, mas por não se saberem apreciar. Esse conceito de que o importante é a beleza interior, pra mim só não chega. Caramba! Há que ter um pouco das duas.
    Há um provérbio na terra onde nasci, província Alentejo, que diz assim: "mais gostam os olhos de ver, do que a coma de comer". O que pensas sobre ele?

    Obrigada pelos textos, que sempre nos ofereces. Já te estava estranhando, mas sei que aí foi feriado dia 02 e aqui foi dia 01.

    A cervical já me dói menos - risos. Beijinho, garoto (sou "muito atrevida")!

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    1. As obras-primas não são assim qualificadas por acaso. A arte era arte e não alcunha para qualificar o inqualificável. Hoje, qualquer um se diz artista e qualquer garatuja diz-se arte.

      Espelhos não fazem mágica senão na ficção. O belo é o belo e o resto é o resto. Ainda que: "a beleza está nos olhos de quem vê" e "Quem ama o feio, bonito lhe parece", como diz o povo.

      Por aqui, esse ditado equivale à expressão: "Comer com os olhos". Comer além da conta, admirar em demasia...

      Tem épocas que escrevo mais, outras menos. depende da tal inspiração ou algo que valha.

      Até que sua cervical recupere-se plenamente. Um abraçãozinho.

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  2. Tens razão, António. Todo "o gato sapato", como aqui falam, escreve umas palavrinhas, e zás, edita um livro, e mesmo que não edite, lhe chamam poeta e ele se considera como tal. Se outro fizer uns gatafunhos, que só ele sabe "traduzir", e nem sei mesmo se ele saberá, então, é pintor, artista, enfim, classificações.

    Podemos gostar de coisas ou pessoas, que não sejam belas, mas reconhecendo isso. Entendes? Minha avó materna, Emília, teve 8 filhos, meninas e meninos e ela sabia/reconhecia quem eram os mais ou menos bonitos, quem tinha melhor ou pior feitio e lhes dizia, sem hesitar e isso nunca causou baixa autoestima a nenhum deles.

    Eu gosto que meus olhos comam, ah, como gosto! Muito provavelmente se a minha "boca" comesse ficaria desapontada, algumas vezes.

    Ah, ah, agora também me doem a dorsal, e a lombar (mulher sempre lhe dói qualquer coisa, né)? Como fazemos, agora?

    Respeitosos cumprimentos, Sr. Professor (rsrsrsrs).

    Bom fim de semana.

    PS: vou começar, agora, a escrever um poema, um escrito para daqui a uns dias postar, mas olha que não sei por onde começar.

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    1. Tem muito arteiro, pouco artista e ainda menos arte. Cada um tem que se aceitar, e valorizar como é. Pelo menos, deveria ser assim. Mas vivemos uma epidemia de melindres, demagogia e faz de conta politicamente corretos. Mentiras obsequiosas são mais aceitas do que a verdade.

      A visão, o olfato e o paladar, por vezes se desentendem...

      Por cá se diz tratar da época do "condor", "com dor aqui, com dor ali"... Não tem jeito, o acúmulo de primaveras dá nisso. Rs rs rs...

      Quanto ao poema, talvez seja melhor começar pelo começo para terminar no fim. Sem graça essa minha resposta, não?

      Um abraçãozinho e um bom fim de semana para ti também.

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  3. Eu não tenho arte, nenhuma mesmo, no sentido de pegar um pincel e esborratar algo ou traçar umas linhas com um simples lápis. Não sei costurar, fazer renda (se prepare - risos), tricotar, cozinhar (nem gosto), fazer bricolage, nadar (detesto o mar), dar laçada em sapato, fazer laços pra colocar em alguma coisa, quando abro ou fecho portas, o faço sempre ao contrário, não sei fazer doces, nem afins, nem sei, nem gosto de fotografar, enfim... sou um caso "perdido".

    Me aceito do jeito que sou e te digo que em muitos aspetos gosto muito de ser como sou.
    Sou correta, mas não deixo de botar "faladura", quando necessário e quase sempre apresento os assuntos por escrito.

    Também acho, mas olha que no poema, que ontem comecei a esboçar, até parece que os sentidos se vão entender, ah, como vão! Depois, me diga quando comentar meu escrito, sim, porque você "tá" me devendo uns 499 comentários (risos). Teu tato falará por ti, ou então o reprimirás.

    Ah, que coisa inteligente! Vou passar a dizer que estou na época do "Condor". Pois, Primaveras! Outonos, fim de verões, prefiro pensar e falar, assim.

    Teve, tem e terá muita graça a tua respostas, porque tudo começa por um princípio, depois tem seu desenvolvimento e seguidamente o fim, portanto, vou ter de começar mesmo pelo princípio e segundo me parece e se assim for, estaremos naquela noite e finalmente frente a frente e depois... usa a imaginação, tal como eu estou tentando fazer.

    Beijinho, "minino" (foi só pra rimar) et bom week--end.

    A propósito disso, um seguidor e comentador de meu blog, espanhol, me disse há tempos, quando coloquei minha foto, em tamanho grande, lá no blog, que pensava que yo era una nina de 20 anos, pero mirando a foto em tamanho maior, se notava já que era un poquito madurita. Achei montes de graça é me ri a valer à conta do madurita.

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    1. Nas outras artes, não sei. Mas na poesia tens talento.

      Vou ver, ou melhor, vou ler e comentar. Infelizmente, não posso concordar nem discordar do leitor espanhol.

      Um abraçãozinho e uma boa semana.

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Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




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