O mito de Prometeu e o natal


A natividade - Giotto.

Segundo uma versão do mito de Prometeu, ele e seu irmão Epimeteu, foram incumbidos de criar o homem e os outros animais. Epimeteu assumiu a tarefa, cabendo a Prometeu supervisionar tudo. Tendo Epimeteu distribuído entre os bichos, todos os dons e capacidades, quando formou o homem do barro, não soube o que fazer. Assim recorreu a seu irmão, que não hesitou em roubar o fogo dos deuses, dando inteligência ao homem, colocando-o acima dos outros animais. Contudo, o fogo era exclusividade dos deuses e por tê-lo usurpado, Prometeu foi severamente punido. Acorrentado por Hefesto no cume do monte Cáucaso, tendo diariamente seu fígado dilacerado por uma águia, sendo o órgão regenerado dia a dia, num suplício que deveria durar milênios, não intervisse Hércules.



Usando uma enorme licença poética e respeitando as devidas proporções, podemos fazer uma analogia entre o mito grego e o natal de Jesus:


O menino de Belém lega à humanidade, a chama da eternidade, clarificando as mentes para uma nova era, a era do amor, que havia de irmanar todos os homens. Como na tradição bíblica, “o verbo se fez carne e habitou entre nós”, lançando luz sobre as tenebrosas trevas da ignorância, revelando ao espírito humano a sua imortalidade.


Castigado por distribuir a chama da vida eterna, o Cristo derrota a morte para reluzir no natal de cada coração que permite florescer a fé em si e no mais alto, renovando a esperança nos dias melhores que virão. A chama viva da boa nova, que dividiu a história num antes e depois, fulgura nas mentes conscientes, de que apesar das negatividades e da má vontade de tantos, podemos e vamos fazer melhor; uma humanidade melhor, um mundo melhor, inspirador, inspirado no fogo imorredouro do natal. Com Noel ou sem Noel, mas com Jesus na manjedoura de cada peito a pulsar no bem.


Feliz natal! Um ano novo pleno de boas novidades e prosperidade sem conta.



Postado aqui em 03 de dezembro de 2016.


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Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

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4 Comentários

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  1. Olá, António!

    Que postagem completa, interessante, meiga e tão apropriada para a época que se aproxima.

    Desconhecia a história de Prometeu e de seu irmão Epimeteu, mas contigo aprendo tanto!

    Jesus, que deu Sua vida para nos salvar, tudo merece de nós, embora nem sempre o consigamos. Que Ele nos perdoe, por favor.

    Creio que ainda "falaremos" antes, mas desejo pra ti e família um Santo Natal e um Ano Novo repleto de Luz, Paz e Verdade.

    Abracinho, menino!

    PS: acho que meu comentário vai sair como anónimo, porque estou com dificuldades, hoje, em comentar e minha conta embora esteja aberta, aqui, não aparece. Me desculpe!

    CÉU

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Precisamos refletir e sentir melhor a realidade que nos cerca. Aprender com os matizes do passado a dar um colorido significativo ao presente e recolorir positivamente o porvir.

      Eu não sabia do Epimeteu, o descobri reestudando o mito de Prometeu para fazer esse paralelo com Jesus. Aliás, os mitos e outras tradições antigas em várias civilizações, algumas vezes apresentam semelhanças, noutras, parecem trazer versões diversas de coisas similares. Acho instigante, interessante mesmo. Somos todos aprendizes...

      Jesus é o modelo, o ideal de virtude a ser seguido. Mas, estamos ainda tão distantes desse status evolutivo, espiritualmente infantilizados, tão atrasados,não compreendemos a inteireza do seu legado profundo e libertário. Foi assassinado na cruz, por acender na alma humana a chama do amor e revelar o dom da eternidade. Muitos ainda tentam ofuscar ou mesmo apagar essa luminosidade, mas o Cristo que venceu a morte,segue derrotando a ignorância desumana de cada dia.

      Idem!

      Eu não deveria estar respondendo esse comentário. Minha mãe me ensinou a não falar com estranhos. Esse negócio de anônimo... Kkkkkkkk...

      Um abraçãozinho. Bom resto de domingo e uma boa semana.

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  2. Ah, "minino" eu "mato" você! Ficou assustado? É que eu ainda não tinha concluído a frase: "eu mato você com minha estima", quero escrever.

    Beijinho, garoto!

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