... foi parar no inferno. Lá chegando, se assenhoreou da situação, costurou alguns conchavos, coligou, pactuou... E foi ter com o chefe político da região...
Ele se gabava da sua "honestidade", não havia ninguém mais "honesto" do que ele. O cara era lavado e enxaguado na “agua dura” da probidade, da moral e da mais ilibada ética na politicagem. Uma canonização lhe cairia muito bem.
A "honestidade" era tanta, que após anos de atividades políticas, o sujeito não tinha nada de seu, vivia sob o patrocínio dos mais altruístas dos amigos:
Morava onde sempre morou; fins de semana e férias, no sítio de amigos; apartamento luxuoso no litoral, dos amigos; reformas, amigos; viagem de jatinho, amigos; instituto, amigos; até a amante, era do amigo, corno, mas, amigo!
Quando morreu. Por conta das “perseguições da imprensa”, da “oposição” e das forças ocultas da “direita golpista”, manipulada pelo “imperialismo americano”; o tal fulano foi parar no inferno. Lá chegando, se assenhoreou da situação, costurou alguns conchavos, coligou, pactuou... E foi ter com o chefe político da região:
- Companheiro Capeta. Você está vendo aqueles políticos ali?
- Sim. E daí?
- São todos meus amigos! Está vendo aqueles banqueiros? Aqueles Marqueteiros? Aqueles eleitores? Lobistas, empreiteiros, agiotas? ... ...
- Sim! E o que é que tem?!
- É tudo amigo meu!
- E o que é que eu tenho com isso?! Problema seu!
- Sabe como é né? “É dando que se recebe”... “uma mão lava a outra” e as duas fazem coisas que nem o Diabo desconfia. Um tal de Sartre disse que: “O inferno são os outros”. Portanto, como “quem tem amigo, não morre pagão”. Eles pagam tudo! Bancaram até minhas mentiras lá na Terra. E tão pagando pra eu fazer o mesmo aqui. O Inferno “sifu”!
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Antonio Pereira Apon.