Restos da ilusão



... Os fantasmas que a seu tempo, tanto “se acharam”. Despojados de seus teres e haveres, poderes e glórias; vagam anônimos e empobrecidos, consumidos pelas sombras solitárias do equívoco e do esquecimento...




A Parábola do Rico Insensato, pintura de Rembrandt. #PraCegoVer

Muita gente faz questão de tudo e qualquer coisa. Não ajuda, desajuda e egoisticamente, persiste a acumular, nos abarrotados celeiros da entorpecida ilusão. Cetros, mantos, coroas e tantas joias caras, conquistadas muitas vezes, à custa de sangue e sofrimento, empoeiram nos museus. Quantos palácios, palacetes e nobres salões que assistiram ao luxo e a ostentação; tombados pelo patrimônio histórico, apodrecem, arruinados pelo tempo?

Os fantasmas que a seu tempo, tanto “se acharam”. Despojados de seus teres e haveres, poderes e glórias; vagam anônimos e empobrecidos, consumidos pelas sombras solitárias do equívoco e do esquecimento.

Seus restos de ilusão, contam e escondem histórias, que bem podiam, e ainda podem, ensinar aos iludidos modernos, que, a cata de ninharias efêmeras e passageiras, empobrecem o espírito e precarizam as relações humanas, coisificando gente.

Na parábola do rico insensato, Jesus, (Lucas 12:13-21), versa a insânia da mais valia da riqueza:

13 E disse-lhe um da multidão: Mestre, dize a meu irmão que reparta comigo a herança.
14 Mas ele lhe disse: Homem, quem me pôs a mim por juiz ou repartidor entre vós?
15 E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.
16 E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância;
17 E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.
18 E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;
19 E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e folga.
20 Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?
21 Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.


O problema não está na riqueza propriamente dita, mas, na louca avareza, no querer tudo para si e o mínimo ou nada para os outros. Tudo passa e todos passarão. Restará, tão somente, desilusão.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

4 Comentários

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  1. Respostas
    1. Interessante é se buscar perceber os reais valores da vida. Não cair nas armadilhas da ilusão.

      Um abraço. Tudo de bom.
      A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.

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  2. Boa noite de paz, amigo Antônio!
    Gosto de ver as verdades que você mostra com veemência e naturalidade.
    O evangelho fala tudo o que nos convém, mas estamos cegos maioria das vezes.
    Tenha dias abençoados!
    Abraços fraternos de paz e bem

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    Respostas
    1. Bem compreendido e sem adequações às conveniências de determinadas denominações religiosas. No evangelho, o Cristo dá conta das diversas questões humanas.

      Um abraço. Tudo de bom.
      A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.

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Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




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