Somos sujeitos da vida; não, objetos da lida; jamais, joguetes do acaso. Somos a solitude pra lá da solidão, permanência da individualidade, em meio a impermanente multidão.

Nuvens desenham ao esmo,
riscam, rabiscam;
arriscam no ermo da amplidão.
As formas bailam ao léu,
ao bel prazer do vento;
acaso,
ao coreografar do tempo.
Diferente da gente,
vagam inconscientes,;
alheias ao porquê,
ao sentido,
ao pra quê.
Diferente das nuvens:
Ressignificamos o esmo,
ocupamos o ermo;
rabiscamos vontades,
riscamos pra quês,
arriscamos porquês,
nos reinventamos,
nos descobrimos no dom de coreografar o tempo,
poetizar o vento,
Dar sentido ao aparente sem sentido.
Somos sujeitos da vida;
não, objetos da lida;
jamais, joguetes do acaso.
Somos a solitude pra lá da solidão,
permanência da individualidade,
em meio a impermanente multidão.
Não deixando de ser ilhas,
nos fazemos arquipélago,
não perdendo a essência da estrela,
nos descobrimos constelação;
sendo grãos,
formamos montanhas;
gotas,
fazemos o oceano acontecer.
Reformamos as formas,
redesenhamos as rotas,
traçamos caminhos,
colorimos o caminhar:
Diferente das nuvens,
não passamos o tempo assistindo o tempo passar.
Vivemos, convivemos;
aprendemos a aprender.
Pintar, repintar das cores,
cuidares a colorir a agenda.
Prevenção, cuidado e empatia.
Tons da vida, matizes do viver.
Desenhar,
redesenhar harmonia.