Vá abanar seu carvão molhado, quem vento semeou, que vá lá colher. Não tem trelelê nem trololó, quem pariu os maus teus que balance.

Se quem procura acha,
quem comprou carvão molhado que abane,
Pois, como já dizia o profeta Oseias:
A semeadura é livre,
mas a colheita?
Essa, é obrigatória.
Não adianta reclamar:
quem semeia vento,
não escapa de colher tempestade.
Vá abanar seu carvão molhado,
quem vento semeou,
que vá lá colher.
Não tem trelelê nem trololó,
quem pariu os maus teus que balance.
Errar é humano, perdoar é Divino.
Não me venha com disse me disse,
não adianta seu faz que faz;
diga-me com quem andas que te direi quem és.
Quem com porcos se mistura, farelos come,
não dá para desmentir o evangelho;
só lobos caem em armadilhas para lobos
e , passarinho que dorme com morcego,
acorda de cabeça para baixo.
Vá abanar seu carvão molhado,
quem vento semeou,
que vá lá colher.
Não
tem trelelê nem trololó,
quem pariu os maus teus que balance.
Caveira, quem te matou?
Foi a língua meu senhor!
Boa jornada faz, quem em sua casa está em paz;
carroça vazia faz mais,
muito mais barulho,
quem fala demais dá bom dia a cavalo
e peixe, costuma morrer pela boca.
A língua é o chicote do corpo, já dizia Tiago.
A língua fala, o corpo padece;
não parece,
mas em boca fechada não entra mosquito.
Vá abanar seu carvão molhado,
quem vento semeou,
que vá lá colher.
Não tem trelelê nem trololó,
quem pariu os maus teus que balance.
A mentira tem pernas curtas,
não adianta querer encompridar.
Quando a cabeça não pensa, o corpo padece,
a boca fala do que está cheio o coração.
Uma mentira repetida muitas vezes,
não vira verdade,
só uma inverdade repetida.
Para sustentar uma mentira,
são necessárias muitas outras,
contudo,
a mentira corre e cansa,
enquanto a verdade anda.
Se ligue!
Não jogue pérolas aos porcos,
em rio que tem piranha, jacaré não pensa duas vezes,
nada de costas.
Cuidado!
Onde passa um boi, passa uma boiada,
é desse jeito que a vaca vai pro brejo.
É confiar desconfiando;
Foi confiando no escorpião que o sapo picado se afogou.
Vá abanar seu carvão molhado,
quem vento semeou,
que vá lá colher.
Não tem trelelê nem trololó,
quem pariu os maus teus que balance.
Salve o saber popular!