Consciência negra. Abayomi, renovado alvor

Vinda nos navios negreiros ou das mãos de uma artesã maranhense. A boneca transcendeu, fez-se ícone de resistência e identidade, resgate ancestral.


Mães e filhas brincam com abayomis. #PraCegoVer #ParaTodosVerem
A cena mostra duas mulheres adultas e três crianças sentadas ao redor de uma mesa de madeira rústica. O ambiente parece ser aconchegante, com uma iluminação baixa e quente, que destaca os rostos sorridentes e felizes de todos. As mulheres estão próximas das crianças, participando ativamente da brincadeira. Todas as pessoas usam roupas simples, em tons terrosos e naturais, provavelmente feitas de algodão. Uma das mulheres usa um turbante marrom na cabeça, enquanto as outras têm os cabelos naturais soltos. Cada uma das crianças segura uma boneca abayomi. As bonecas são artesanais, com traços simples, sem rosto, e usam vestidos de tecido laranja ou vermelho escuro. Algumas das abayomis estão sendo vestidas ou despidas na brincadeira, e há roupinhas extras sobre a mesa. As crianças sorriem e olham para as bonecas, demonstrando alegria e envolvimento na brincadeira, enquanto as mulheres observam com expressões carinhosas e orgulhosas. A cena transmite um forte senso de conexão familiar, carinho, tradição e valorização da cultura ancestral. - Imagem do Copilot, descrição baseada no Be My Eyes.


Sofrido, dorido navio negreiro,
rumor de mar, resiliente fé,
nasce um canto, encanto pra não se perder.
Entre tecidos e nós, dó de mulher,
o amor feito remédio, alívio da prece.

Feita de retalhos, nascida do além-mar,
traz no peito o pulso dalgum lugar.
Mãos negras, sagradas, tecendo compaixão,
nas tramas da dor, libertação.

Cada nó, dó de um sonho, desejos no ar,
cada fio, uma história pra infindar.

Abayomi, encontro precioso,
teu corpo, pequeno ícone luminoso.
Memórias, rezas, poderosa raiz,
nas ondas o pulsar da alma, tambor que diz:
ninguém apaga a construção da luz,
no ventre da África, a lida da vida nos conduz.

Na escuridão do porão, um brilho de luar,
mãe e criança esperança a cantar.
Sem linha nem agulha, no tempo o bordado,
no espírito de um povo, o acreditar renovado.

Seis nós, um destino, um elo ancestral,
no teu corpo de pano uma força imortal.

Abayomi, encontro precioso,
teu corpo, pequeno ícone luminoso.
Memórias, rezas, poderosa raiz,
nas ondas o pulsar da alma, tambor que diz:
ninguém apaga a construção da luz,
no ventre da África, a lida da vida nos conduz.

Ecoam no tempo, as canções do quilombo,
do ventre da terra o pulsar, ressoar do tom.
Criada no Maranhão ou nascida da ancestralidade Iorubá,
africana estrela, consciente som.

Abayomi, mãe e filha de todos os tons,
tua cor nas rezas, tua fé nos sons.
Na tua trança, a trama do mundo se refaz,
no teu silêncio um cântico de paz.

Abayomi, resumo precioso,
passado e futuro, equacionar luminoso.
Nas mãos que te criam, a cura do mundo,
doce humanizar profundo.

Cada nó que amarra, desata a dor,
desfaz o pranto, transforma em flor.

Consciência negra,
renovado alvor.

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