Há uma poção de destino que foge ao nosso controle. Mas, a maior parte de nosso desiderato está sob nossa autoria.
Se você não se controla, seu descontrole te “controlará”. Sem um rumo para sua vida nem objetivo para seu viver, qualquer caminho é caminho, qualquer lugar é lugar e qualquer coisa é alguma coisa. É certo que o destino, não obedece de todo a um determinismo absoluto, afinal, diariamente escrevemos e reescrevemos nosso desiderato, através de nossas atitudes e escolhas. Contudo, vivemos a tropeçar no imponderável, colidir com o inevitável, o imprevisível pode se por a um passo, um segundo, um átimo… Coisas que fogem ao nosso controle, transcendem à vontade... Para as quais, profecias e premunições se revelam inúteis. Ante o que “está escrito”, o que tiver de ser, será.
Desgostoso por lhe faltar um herdeiro homem, Acrísio rei de Argos, consultou um oráculo, que lhe previu a morte pelas mãos de seu neto, filho de Dânae, sua filha.
Desesperado, o rei mandou trancafiar a jovem e virgem princesa, num inexpugnável cativeiro de bronze, protegido pelos mais confiáveis guardas do reino, para que a profecia jamais se cumprisse. Porém, o volúvel Zeus, Don Juan do Olimpo, caído de “amor” pela encantadora moçoila. fez-se uma chuva de ouro, infiltrando-se por um orifício no teto do cativeiro, desaguando no colo de Dânae, engravidando-a. Há quem se pergunte se essa tal chuva seria uma alegoria, ou teria Zeus, subornado os carcereiros? Se fosse no Brasil! …
Assim, nasceu Perseu. Quando soube, Acrísio mandou que sua filha e seu neto, fossem atirados no mar num caixote de madeira para que morressem sob as águas. Mas, por intervenção do “altíssimo pegador” Zeus, Poseidon acalmou os mares, conduzindo mãe e filho em segurança pelas correntes marítimas até a ilha de Sérifo. Resgatados por pescadores, foram levados ante Polidectes, o governante local. Acolhidos pelo irmão desse rei, Perseu foi educado. Com o tempo, apaixonado por Dânae, Polidectes quis desposá-la mas, receoso da rejeição do filho dela, envia o jovem para matar a tenebrosa Medusa, monstro que petrificava todos com seu olhar. O rei contava com o fracasso e morte do moço. Entretanto, o rapaz retornou vitorioso; para castigo do tirano, ao verem a cabeça da medusa, trazida pelo herói, ele e seus cortesãos foram petrificados.
Durante os jogos atléticos comemorativos de Lárissa, estando na plateia o rei Acrísio, este foi “acidentalmente” atingido por um dardo arremessado por Perseu, o seu neto, cumprindo-se assim a fatídica profecia.
Pois é… Estava escrito. Esse mito, ilustra bem uma poção de destino que não podemos controlar. O resto, depende de cada um de nós, do nosso fazer, ou não.
Oi Antonio,
ResponderExcluirVerdade! Nosso livre arbítrio é o mestre! As escolhas são de nossa responsabilidade, ao destino sobra pouco!
Precioso texto!
Beijo carinhoso!
Somos os autores e protagonistas da vida que escrevemos e reescrevemos dia a dia. O inexorável é uma pequena parcela vulnerável ao determinismo do destino.
ExcluirUm abraço e uma boa semana.
Olá, António!
ResponderExcluirTudo bem? Aqui, está chovendo pra variar (rs)!
Que bela história1 É Mitologia e está tudo dito, mas dela sempre se extrai uma moralidade: nós fazemos nosso próprio destino, preferindo "a" a "b", etc.
Eu sei que a rosa é oferta tua a todos os que por aqui passam. Estava só brincando com você!
Abraço e boa semana.
Por cá, tudo bem, até choveu essa madrugada, mas o calor não passa. Infelizmente, muitos seguem na ilusão de poderem terceirizar suas culpas e responsabilidades, inculpam os outros, Deus, o destino... Quando muito depende de cada um fazer o seu possível e necessário. Depois reclamam...
ExcluirA rosa é, sim, para todos. Mas, top comentarista, recebe botões selecionados, especiais.
Um abraço e uma semana florida.
Olá, Apon, que história! De fato, há uma parcela sobre a qual não temos controle,reconhecer e aceitar isso é humilde e sábio, mas concordo que boa parte do que vivemos faz parte das escolhas que fizemos para nós. Sempre digo que o lado bom é que sempre podemos rever nossas escolhas com o intuito de provocar outros resultados. Abraços!
ResponderExcluirAs derrotas e vitórias, sucessos e insucessos... Em grande parte, são fruto de nossas escolhas, do nosso fazer, ou não. Não podemos controlar todos os parâmetros do destino. Mas fazendo o nosso possível, já faremos grandes conquistas.
ExcluirUm abraço e uma boa semana.