Adivinha? …


O grito, pintura de Edvard Munch.

Palavras natimortas,

abortadas,

mal caladas.

Gritos mudos,

surdos silêncios.

A vida nem sempre consegue adivinhar,

o que se diz, sem se dizer.

Errante sentimento,

vagante tempo,

destino itinerante;

perdido,

silente,

“desavido”...

Quero dizer que…

Não adivinha? …

O destino desatina,

atira,

tira da vida o tino.

A sorte é forte,

mas, é consorte do azar;

é o outro lado da moeda,

o verso,

o inverso...

Arriscado jogo, o calar.

Arisco, há risco!.

O tempo, aguardar adivinhar.

Dita o dito,

fala!

Não espera “desadivinhar”.


Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

11 Comentários

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  1. Bom dia. Parabéns pelo poema fantástico:))

    Hoje :- Ritual, entre a natureza e o amor

    Bjos
    Votos de uma óptima Sexta - Feira.

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    1. Vamos poetizando a vida, os sentires, o falar, o calar...

      Um abraço e bom fim de semana.

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  2. Oi, Tonico!

    Um excelente jogo de palavras em forma de antíteses.
    Por vezes, pensamos adivinhar, mas surge o contrário e vice-versa.

    O quadro "O Grito" é um "pavor" -rs, mas talvez se insira nessa sorte, k tarda a chegar. Já utilizaste essa pintura outras vezes, creio.

    Gostei mto do tema "Romeu e Julieta". Música serena e bem romântica.

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    Respostas
    1. Na verdade, não dá para adivinhar. Esse jogo é muito complicado, a vida é tão avoada... Rs rs rs...

      https://www.youtube.com/watch?v=yh744ic-wBY

      O Que Será (À Flor da Terra)
      Chico Buarque

      O que será, que será?
      Que andam suspirando pelas alcovas
      Que andam sussurrando em versos e trovas
      Que andam combinando no breu das tocas
      Que anda nas cabeças, anda nas bocas
      Que andam acendendo velas nos becos
      Que estão falando alto pelos botecos
      E gritam nos mercados que com certeza
      Está na natureza
      Será, que será?
      O que não tem certeza nem nunca terá
      O que não tem conserto nem nunca terá
      O que não tem tamanho
      O que será, que será?
      Que vive nas ideias desses amantes
      Que cantam os poetas mais delirantes
      Que juram os profetas embriagados
      Que está na romaria dos mutilados
      Que está na fantasia dos infelizes
      Que está no dia a dia das meretrizes
      No plano dos bandidos, dos desvalidos
      Em todos os sentidos
      Será, que será?
      O que não tem decência nem nunca terá
      O que não tem censura nem nunca terá
      O que não faz sentido
      O que será, que será?
      Que todos os avisos não vão evitar
      Por que todos os risos vão desafiar
      Por que todos os sinos irão repicar
      Por que todos os hinos irão consagrar
      E todos os meninos vão desembestar
      E todos os destinos irão se encontrar
      E mesmo o Padre Eterno que nunca foi lá
      Olhando aquele inferno vai abençoar
      O que não tem governo nem nunca terá
      O que não tem vergonha nem nunca terá
      O que não tem juízo
      O que será, que será?
      Que todos os avisos não vão evitar
      Por que todos os risos vão desafiar
      Por que todos os sinos irão repicar
      Por que todos os hinos irão consagrar
      E todos os meninos vão desembestar
      E todos os destinos irão se encontrar
      E mesmo o Padre Eterno que nunca foi lá
      Olhando aquele inferno vai abençoar
      O que não tem governo nem nunca terá
      O que não tem vergonha nem nunca terá
      O que não tem juízo

      Excluir
    2. Outra versão:

      https://www.youtube.com/watch?v=yIERqgKooiU

      O Que Será Que Será? (part. Chico Buarque)
      Milton Nascimento

      O que será que me dá
      Que me bole por dentro
      O que será que me dá?
      Que brota à flor da pele
      O que será que me dá?
      E que me sobe às faces
      E me faz corar
      E que me salta aos olhos
      A me atraiçoar
      E que me aperta o peito
      E me faz confessar
      O que não tem mais jeito de dissimular
      E que nem é direito ninguém recusar
      E que me faz mendigo
      Me faz suplicar
      O que não tem medida, nem nunca terá.
      O que não tem remédio, nem nunca terá.
      O que não tem receita.
      O que será que será?
      Que dá dentro da gente
      E que não devia
      Que desacata a gente que é revelia
      Que é feito uma água ardente que não sacia
      Que é feito estar doente de uma folia
      Que nem dez mandamentos vão conciliar
      Nem todos os ungüentos vão aliviar
      Nem todos os quebrantos toda alquimia
      E nem todos os santos
      O que será que será?
      O que não tem descanso, nem nunca terá.
      O que não tem cansaço, nem nunca terá.
      O que não tem limite.
      O que será que me dá
      Que me queima por dentro, será que me dá?!
      Que me perturba o sono, será que me dá?!
      Que todos os tremores vem agitar
      Que todos os adores me vem atiçar
      Que todos os suores me vem encharcar
      Que todos os meus nervos estão a rogar
      Que todos os meus órgãos estão a aclamar
      Que uma aflição medonha me faz implorar
      O que não tem vergonha, nem nunca terá.
      O que não tem governo, nem nunca terá.
      O que não tem juízo.


      Vou ali ver a banda passar:

      https://www.youtube.com/watch?v=WZWcpEgJZAY

      A Banda
      Chico Buarque

      Estava à toa na vida
      O meu amor me chamou
      Pra ver a banda passar
      Cantando coisas de amor
      A minha gente sofrida
      Despediu-se da dor
      Pra ver a banda passar
      Cantando coisas de amor
      O homem sério que contava dinheiro parou
      O faroleiro que contava vantagem parou
      A namorada que contava as estrelas
      Parou para ver, ouvir e dar passagem
      A moça triste que vivia calada sorriu
      A rosa triste que vivia fechada se abriu
      E a meninada toda se assanhou
      Pra ver a banda passar
      Cantando coisas de amor
      Estava à toa na vida
      O meu amor me chamou
      Pra ver a banda passar
      Cantando coisas de amor
      A minha gente sofrida
      Despediu-se da dor
      Pra ver a banda passar
      Cantando coisas de amor
      O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
      Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou
      A moça feia debruçou na janela
      Pensando que a banda tocava pra ela
      A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
      A lua cheia que vivia escondida surgiu
      Minha cidade toda se enfeitou
      Pra ver a banda passar cantando coisas de amor
      Mas para meu desencanto
      O que era doce acabou
      Tudo tomou seu lugar
      Depois que a banda passou
      E cada qual no seu canto
      Em cada canto uma dor
      Depois da banda passar
      Cantando coisas de amor
      Depois da banda passar
      Cantando coisas de amor


      Um abraço e bom fim de semana.

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  3. Olá, Tonico!

    Três vídeos bem interessantes de Chico Buarque.
    "O que será que será"? Ah, é o AMOR, ou melhor, a falta dele.
    Gostei mais da versão de Milton com Chico. Achei o poema mais rico e expressivo.

    A Banda é daquelas canções que ficou no ouvido de todo o mundo, sobretudo brasileiros e portugueses. A Banda cantava e tocava coisas de amor, então, tudo certo, tudo e todos felizes. Contudo, qdo ela passava, a dor voltava. É Isso é a falta de Amor.

    Ora, beijão e bom final de semana.

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  4. Porque tu (nós) queres e precisas de AMAR.

    Gros bisous, chèri!

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    1. Eu? Preciso nada... Rs rs rs...

      https://www.youtube.com/watch?v=qQdJGKUwcNE

      Faltando um Pedaço
      Djavan

      O amor é um grande laço
      Um passo pr'uma armadilha
      Um lobo correndo em círculos
      Pra alimentar a matilha
      Comparo sua chegada
      Com a fuga de uma ilha
      Tanto engorda quanto mata
      Feito desgosto de filha
      O amor é como um raio
      Galopando em desafio
      Abre fendas cobre vales
      Revolta as águas dos rios
      Quem tentar seguir seu rastro
      Se perderá no caminho
      Na pureza de um limão
      Ou na solidão do espinho
      O amor e a agonia
      Cerraram fogo no espaço
      Brigando horas a fio
      O cio vence o cansaço
      E o coração de quem ama
      Fica faltando um pedaço
      Que nem a lua minguando
      Que nem o meu nos seus braços

      Inté! Boa semana.

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    2. Ah, mas k "minino" tão "mentiroso" -rs!

      Gostei mto da música, da letra e da interpretação de Djavan.

      O coração não pode estar completo, sem amor.

      Gros bisous, chèri!

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    3. Mentiroso? Eu?! Apenas uma "verdade alternativa". Rs rs rs...

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