
Tiraram o nome do rio,
do rio o doce tiraram.
Desvale.
O vale sem rio doce.
Desvalido, desvaído,
lameado, poluído.
Num tique rompe-se o dique,
Químico rejeito em tsunami;
destroços do troço humano,
devastando todo o lugar.
Piracema ainda rima com poema,
Sem defeso e sem defesa,
Indefesos;
do peixe,
morre o Pai, o filho
e depois do Espírito Santo,
não vem amém.
Chega a foz, vem o mar.
Amargo enlamear.
Mariana, a cidade, chora:
Por Marias, por Anas;
por toda existência, ainda que anônima,
mas sobrevivente, sofrente...
A quem culpar?
A algum terrorista?
Ao rio que se pôs no caminho?
O mar que não quis se mudar?
Algum vilarejo, “na hora errada e errado lugar”?...
Talvez uma CPI mista, com bastante orégano!
Chegue a uma conclusão inconclusa;
a um descuido do destino,
um castigo Divino,
conspiração interestelar.
Se esse não fosse um país tão sério...
Postado aqui em 20 de novembro de 2015.
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Antonio Pereira Apon.