Escrava do passado


Silhueta de mulher observando a lua e as estrelas. #PraCegoVer

Destino enraizado no pretérito,
passado que não passa,
embarga o hoje,
suga a seiva do porvir.
Compulsória sina, chacina a sorte;
em cada esquina uma desdita espreita,
senda estreita.
Sumário rito,
imprescritível sentença a carpir.
De tempo em riste, a hipocrisia aponta;
dedos sujos,
malogrado juízo, falso moralismo,,
desjuízo que condena,
ordena por desordenar.
Segue a moça;
olhar triste, lágrima indigente,
triste gente desalmada,
desamada sanha a culpar:
por tudo e por nada,
o feito e o não feito,
qualquer coisa, coisa alguma, vão pretexto.
Olvidados, desprezados, ignorados ais,
desiderata escravizada, enraizada;
passado que persiste, insiste em não passar.

Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

4 Comentários

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  1. Respostas
    1. Quando o passado não passa, a pessoa fica cativa do tempo, no interminável loop de acusações, sentenças...

      Um abraço. Tudo de bom.
      A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.

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  2. De tempo em riste, a hipocrisia aponta;
    dedos sujos.

    Bom dia de paz, amigo Antônio!
    Você sabe captar temas sutis e fortes com toda previsão.
    Parabéns!
    Dedos acusadores tanto nos perseguem e eliminam o vigor.
    Tenha dias abençoados!
    Abraços fraternos de paz e bem

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Comumente, acusadores, julgadores é que mereciam ser acusados, julgados; sentenciados a se calarem.

      Um abraço. Tudo de bom.
      A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.

      Excluir
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Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




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