Biografia


Ilustração oficial do blog - Uma rosa vermelha na diagonal, sobre um fractal do por do sol, com o nome Apon em relevo, na parte inferior da imagem. #PraCegoVer

Nossa real biografia

é o Tempo quem escreve.

Por mais longa que pareça,

a vida é sempre breve.

Desperdiçamos tanto ser, buscando ter.

Mas ter sem ser, é apenas parecer.

Parecemos tanta coisa...

Nos fazemos nada, além da aparência.

Caricaturas sem alma,

personagens sem essência.

Mascarados de ilusão,

repletos de vazio,

zumbis em procissão,

emoção em triste estil.

Pra que tanto ter?

Se tudo passa,

inclusive eu e você?

Sem perceber,

tornamos a grana um cabresto,

o açoite que nos agasta.

Nos pensamos senhores,

mas sem premunir, tornamo-nos reles casta.

Ter e não ter,

são reais contingências do não ser.

Tendo e não sendo,

não somos nem temos.

Não podemos comprar,

nem censurar o tempo.

Ele despe toda ilusão e fantasia,

tece a real biografia,

de quem foi apenas fingidor.



Postado aqui em 02 de abril de 2009.


Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

4 Comentários

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  1. Pois é meu amigo, mas hoje e infelizmente cada vez mais se vive da aparência...
    São vidas ocas, sem qualquer conteúdo que desperte o interesse de quem está por perto ,mas servindo os interesses de quem a vive...
    Gostei muito desta tua biografia que se me permites direi que é uma biografia da sociedade em que vivemos no momento...
    beijo amigo e um bom fim de semana
    Que o teu fim de semana seja e tenha toda a alegria dúm verdadeiro sorriso

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    Respostas
    1. É cada vez mais, o ter sufocando o ser. Um enorme faz de conta, um jogo de parecer.

      Um abração e um sorridente final de semana para ti também.

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  2. Acomoda-se. Acovarda-se. Mascara-se. Tudo em nome de uma felicidade e de um sucesso que em nada nos acrescenta. São seres que vegetam, que passam pela vida, sem saboreá-la, infelizmente!
    Belíssima reflexão-poema!
    Abraço, Célia.

    ResponderExcluir
  3. Antonio, amigo poeta querido, ser, sempre ser, em todos os sentidos é por esse caminho que ando, sou eu mesma sempre, me sinto alegre e livre, nada me prende, faço o que gosto, curto tudo o que me dá alegria, sou alegria, aprendi isso e ensinei também!
    Aqui digo o que sinto, sou sua fã e fico agradecida à vida por ter muitos amigos assim como você, a linda Célia querida sabe bem disso,assim como ela, te digo, lindo poema reflexivo!
    Abraços apertados meu amigo!

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