Te conhecereis e te conhecendo, te libertarás

O autoconhecimento é um passeio que precisamos fazer, transformador, ele costuma revelar paisagens íntimas, paradoxalmente desconhecidas de nós mesmos. Conhecermo-nos resgata-nos individual e coletivamente das tramas trevosas da ignorância, ajudando a resgatar outros tantos, num contágio virtuoso, de positividades. Aclara, esclarece, liberta, destrava, desensombra, desassombra...

Nós, que nos buscamos e nos desencontramos; nos outros, nas coisas, nas aparências, títulos, teres, ideologias, religiões, delírios, vícios… Desencontrados, por vezes, achamos que “qualquer atalho é caminho” e nos desencaminhamos mais e mais, “desendereçados” de nós mesmos, da vida, da realidade, de Deus (ao menos, o de verdade)...

Desconhecendo-nos, desconhecemos a tudo e todos; soprados como folhas ao vento: angustiamos, deprimimos, estressamos… Qual Quixotes desatinados, perseguimos quimeras, cultivamos utopias, exumamos fantasmas para nos assombrar em traumas, complexos, fobias de estimação. Aí, desapercebidamente, nos vitimamos, nos acoitadamos e permitimos nos manietar pela autocomiseração.

Em João 8:32, Jesus diz: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. Mas o que é mesmo a verdade? Se nem a nós mesmos conhecermos, como reconhecer a verdade?