Como "a vida imita a arte" e a recíproca é verdadeira, Salvador está tornando-se a "Sucupira" da vida real, com seu minúsculo metrô que não se consegue inaugurar.
Na obra de Dias Gomes, Odorico Paraguaçu (O bem-amado), retrata com maestria os corruptos cheios de artimanhas que infestam e infectam a política tupiniquim. Na ficção, o caricato prefeito não consegue inaugurar o cemitério da cidade, a grande obra de sua administração.
Na inconcebível realidade de Salvador, após mais de uma década, o metrô calça curta com seus ridículos seis quilômetros não consegue ser inaugurado, revelando-se um verdadeiro cemitério de recursos públicos. Nós soteropolitanos já estamos com as barbas lavadas e enxaguadas nas águas da enrolação, postas no molho da incredulidade.
(Em junho de 2014 o "Ferrorama" soteropolitano apelidado de metrô, começou a rodar).