Seca, eterna seca


Ilustração oficial do blog - Uma rosa vermelha na diagonal, sobre um fractal do por do sol, com o nome Apon em relevo, na parte inferior da imagem. #PraCegoVer

Segue triste o velho Chico.

Maltratado, esquecido...

A transposição?

Nem transpôs a eleição!

Logo o mal eleito,

esqueceu do povo o pleito.

Só miragem pro sertão.

A quem serve tal mutreta?

Ao fim eleitoreiro?

Ao enricar do empreiteiro?

Desdenhosa embromação. ...

No meretrício da política,

ideológica prostituta,

rende a poucos o prazer.

Ao sertanejo penitente,

resta a sorte indigente,

indiferença de morrer.

Aos “Coronéis” de outrora,

seguem os “companheiro” de agora.

Distribuindo “bolsa esmola”,

a quem negaram digna escola,

sonegaram educação.

Numa antítese ao Profeta Conselheiro,

Não fazem o sertão virar mar,

mas arriscam o mar virar sertão;

Mar de grana,

que escoa,

esvai-se no sumidouro do poder.

Mais uma rês entregue ao chão,

e o abutre em seu repasto,

imprimem triste retrato,

nefasta desolação.

A seca da natureza,

guarda em si menor dureza,

que a dos ressequidos corações.

Na árida tez sofrida,

escorre a lágrima dorida.

Do pobre,

derradeira irrigação.


Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

4 Comentários

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  1. Afinal, Antonio, encontrei uma ótima qualificação para a política... "meretrício"... Perde-se tudo, com a famigerada exploração da seca, onde muitos levam vantagens particulares, enquanto outros, sofrem com a indignidade humana!
    Abraço, Célia.

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  2. Oi, Antônio!

    Há seca por aí ou é mera metáfora, mesmo?
    Seu poema está muito bem estruturado e revela, inteligentemente, como é a nossa sociedade.

    Resto de feliz dia.
    Abraço da Luz.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Luz.

      O Nordeste do Brasil vive uma das suas piores secas. Enquanto isso, nossos politiqueiros seguem preocupados com sua politicagem. O povo que se dane, ruminando novas e velhas mentiras dos antigos e noviços farsantes que desgovernam nosso país.

      Um abração.

      Excluir
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Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




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