Outono-inverno de nossa geração


Ilustração oficial do blog - Uma rosa vermelha na diagonal, sobre um fractal do por do sol, com o nome Apon em relevo, na parte inferior da imagem. #PraCegoVer

Quando as ausências vão ficando mais presentes nas fotografias, quando essas ausências nos acompanham com maior frequência, acordando saudades dos nossos mais caros momentos. É sinal que o tempo passou e segue a passar. Passou a primavera infantil, o juvenil verão e o outono da maturidade já vai enevando os cabelos, prenunciando o inverno... Nossa inconformada incompreensão dos ciclos dessa vida, é que nos faz melancólicos e tristes diante da não presença física. Mas, nascer, viver, morrer e renascer, formam o ciclo natural do existir. Na escola aprendemos que: “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Pois é, Antoine Lavoisier estava mais que certo. Independente da crença religiosa, a morte é uma transformação, transição do espírito para além desse instante. Tudo passa. E nós, passageiros que somos, precisamos seguir nosso infinito, onde todos nos reuniremos algum dia.


O tempo não para, a vida não pode parar. Outra e outras gerações, vão chegando, fazendo “a fila andar. Portanto, nesse outono-inverno de nossa geração, não cabe-nos demorar na deprê. Na equação entre o moderno e o retrô,

ganhamos um mundo novo que se segue a renovar. Nascemos assistindo TV em preto e branco, e já estamos no pós Full HD; poucos tinham telefone em casa, hoje, todo mundo tem smartphone, que faz de tudo, inclusive telefonar; e a “internet à lenha”, aquela da conexão discada? Coisa que vai ficando para trás; como o aparelho de som 3 em 1, a máquina de escrever, o Betamax, o videocassete e já até o CD, o rolo de filme... Lembra quando o fax era o que havia de mais moderno? O micro-ondas?... ...

O tempo passa, a vida passa. Herdamos do passado, legamos ao futuro, vivemos o presente. Essa a arte do existir, a dádiva do estar aqui ou ali, conforme os desígnios de Deus.


Por fim, um trecho de: “Força estranha”, de Caetano Veloso. Que me diz muito de tempo e de vida:


... “Eu vi muitos cabelos brancos na fronte do artista

O tempo não para e no entanto ele nunca envelhece

Aquele que conhece o jogo, do fogo das coisas que são

É o sol, é a estrada, é o tempo, é o pé e é o chão

Eu vi muitos homens brigando, ouvi seus gritos

Estive no fundo de cada vontade encoberta

E a coisa mais certa de todas as coisas

Não vale um caminho sob o sol

E o sol sobre a estrada, é o sol sobre a estrada, é o sol

Por isso uma força me leva a cantar

Por isso essa força estranha

Por isso é que eu canto, não posso parar

Por isso essa voz tamanha”...


Assista Caetano cantando nesse vídeo do Youtube:



Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

5 Comentários

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  1. Olá, Apon! Bela divagação sobre o tempo que passa e primordialmente, o que fazemos com ele. Há momentos de reclusão, mas há os momentos de viver... quanto menos nos prendemos às perdas e dores, melhor viveremos o que ainda está por vir. Penso que partir dessa vida bem é partir com a sensação de que vivemos o melhor que podemos. Abraços!

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    1. A vida na Terra é uma passagem, uma gota de tempo do mar do infinito. Essa nossa vida não é um fim, é um meio, caminho para a evolução, trilha para nossa infinitude.

      Um abração.

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  2. Olá, António!

    Tudo bem? Aqui, tb, graças a Deus.

    Que bonito, elegante, distinto, bem arrumadinho, está seu blog! Você é especialista nessas coisas da Informática. Eu, leiguíssima!
    Seu texto é bem real, lúcido e, há verdades que até doem. O tempo não para, não volta atrás. Por um lado, até que é bom. Estou pensando no progresso em várias áreas, como por exemplo, na medicina, onde os progressos têm sido francamente de louvar. Bem, qto à competência de alguns profissionais, isso daria um boa crónica.
    Pois é. Recordamos o tempo do telefone fixo, de fios, do fogão com dois bicos, da TV a preto e branco, enfim, mas acho que éramos mais felizes, não sei. Eu tenho um celular básico, pke não me adapto às novas tecnologias, facilmente.
    O trecho "Força estranha" e o vídeo de Caetano Veloso rematem, em beleza e na perfeição, tudo aquilo que você falou.

    Dias felizes.

    Aquele abraço.












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    Respostas
    1. Quanto ao visual do Blog: Obrigado pelos gentis elogios. Venho tentando oferecer aos amigos leitores uma página limpa, objetiva e relevante. Sigo desafiando minhas limitações para oferecer o melhor a vocês, gostaria de saber e poder mais.

      Quanto à postagem: A vida na Terra é um instante passageiro, a existência real é a do espírito, que transcende ao corpo. O progresso tecnológico, põe nas mãos do ser humano ferramentas magníficas para o uso no bem. Infelizmente, o mal uso e o abuso, infelicitam em vez de felicitar.

      Um abração.

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  3. Olá, António!

    Retificando: no meu comentário escrevi, por lapso, rematem. O correto, naquele caso, será REMATAM.

    Agradeço sua visita e comentário, sempre gentil e sincero, em meu blog. Seja bem-vindo!

    Um feliz dia para você.

    Aquele abraço!

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Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




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