Maresia


Ilustração oficial do blog - Uma rosa vermelha na diagonal, sobre um fractal do por do sol, com o nome Apon em relevo, na parte inferior da imagem. #PraCegoVer

Dorme a poesia,

deserta o riso,

abdica o querer.

Vaga entre as vagas o silêncio das naus;

errantes,

penitentes…

Na praia…

Crepúsculo nos meus olhos,

murmúrio da rebentação calando o dia.

Na areia, pegadas,

rabiscos que o mar vem devorar.

Melancólica maresia…

Luzes de artifício,

fingem-se estrelas,

redesenham a cidade.

Nas ruas:

Boêmios e trabalhadores;

marginais, travestis e prostitutas,

sacizeiros vagantes,

bêbados cambaleantes,

malabares a sobreviver.

Na orla o ir e vir do mar,

amanhecer da paisagem;

“desanoitecida” maresia,

cheiro de dia novo,

renovo...

Acordar da poesia,

despertar de um sorriso,

redivivo querer.


Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

2 Comentários

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  1. Olá, António!

    "Qui susto", o barulho do mar, mas nem tudo o que barulho, confusão, desalinhamento é mar!

    A tua poesia nunca dorme, porque dentro de tua alma há sempre espaço para o entendimento, para a maciez e lucidez do mundo. Remas, vais continuar remando e, um dia, chegarás a "Porto Seguro".

    Como sempre, esses teu trocadilhos sociais, políticos e inteligentes, muito me disseram. Queres/quero um DIA NOVO.

    Abracinho.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O mundo precisa de um porto seguro para aportar. Uma nova esperança, uma nova forma de viver, sentir e pensar. Um dia novo para uma humanidade nova, renovada.

      Um abraço.

      Excluir
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