Pessoas são como livros

... Não basta saber ler! É preciso entender e bem compreender, para não cair no sem sentido da interpretação, afinal; tanto para livros como para pessoas, vale o axioma paulino: “A letra mata, mas o espírito vivifica”. Busquemos sempre a essência, mergulhemos além da rasa obviedade, que pode ser enganosa e tola...

Antonio Pereira Apon.

Assim como os livros, pessoas não devem ser julgadas pela sua face; rostos e capas, podem facilmente enganar. Customizada para atrair, seduzir, convencer… A aparência exterior, não é o melhor indicativo do conteúdo de pessoas e livros. Ambos, reclamam uma necessária leitura; o índice e o prefácio, um primeiro contato, até podem nos dar alguma noção do que haveremos de encontrar mais adiante. Contudo, se não nos dedicarmos numa apreciação atenta e disciplinada do explícito e implícito nas linhas e entrelinhas da escrita, saltando parágrafos, páginas, capítulos. Arriscamos enveredar pelos desenganos de uma pseudo leitura dinâmica, açodada e parcial.

Não basta saber ler! É preciso entender e bem compreender, para não cair no sem sentido da interpretação, afinal; tanto para livros como para pessoas, vale o axioma paulino: “A letra mata, mas o espírito vivifica”, 2 Coríntios 3:6. Busquemos sempre a essência, mergulhemos além da rasa obviedade, que pode ser enganosa e tola.

Personalidades e estilos, ficção e realidade, comédia e drama… Pessoas e livros, são feitos de pensamentos e emoções, intenções, vontades, propósitos. E, mesmo no “acaso”, não há acaso. Biografias e bibliografias, foram escritas para serem lidas, decifradas, decodificadas.

É fundamental, perceber além do que está escrito, do que se quer mostrar; o oculto, o consciente ou inconscientemente invisível, pode dizer bem mais do que aquilo que sensibiliza a retina do leitor; pessoas e livros, podem ser caixinhas de segredos, cofres de mistérios, capazes de surpreender positiva ou negativamente. Atenção e cuidado, nunca são demais. No mais. Boa leitura!