Vida, o folhetim

A vida, qual um folhetim;
uma novela,
uma obra aberta
que não se adivinha o fim.
O determinismo tenta,
o destino intenta;
mas,
para o bem ou para o mal;
o destino muda com o nosso mudar.
Não dá para dar “spoiler”;
a gente inventa, tenta,
acolhe, desacolhe,
escolhe ser protagonista ou coadjuvar;
fazer-se caso do acaso,
ter a vontade de causar.
Ser ou não ser,
viver ou sobreviver,
assumir a escrita do “script”,
apostar num jogo de azar,
que a sorte nos venha surpreender.
Histórias entrelaçadas,
estórias interligadas,
intrincada trama do viver;
um dizendo de todos e todos contando de um;
talentosos, canastrões,
famosos, anônimos;
sós e tão juntos,
tentando se por à parte um do outro;
povoando a linha do tempo,
coabitando a “timeline” do existir,
Tudo bem ou mal vivido,
ao vivo.
Sem “videotape”, nenhuma edição.
É o que fazemos ser.
Cenas dos próximos capítulos?
Não se pode prenunciar;
nossa parte,
nosso aparte;
ninguém sabe até quando,
até onde vai pro ar.

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