Manifesto folclórico pela natureza - 22 de agosto, dia do folclore


Cultura, arte, natureza. Vida pulsando, manifestações do povo, na lida do viver. Preservar no hoje as sementes do amanhã. Folclore é sustentabilidade.


Bumba meu boi, manifestação do folclore brasileiro. Ilustração gerada por IA do Criador de Imagens Bing.#PraCegoVer

O Curupira deu o pira,
quando viu o garimpeiro,
tão somente por dinheiro,
a natureza devastar.
Logo veio a Caipora,
pra no caçador,
no desmatador dar o fora.
Uma verdade que se firma;
necessário equilibrar o clima,
para a vida se afirmar.
Não tardou o Saci,
Pererê tomando tererê,
numa só perna deu rasteira,
improvisando a capoeira,
fez o maior rebuliço,
pra acabar com tudo isso,
botou gente pra correr.
Pra derradeira sentença,
botando fogo pela venta,
chega a Mula Sem Cabeça,
bota fora e não lamenta.
Pra quem gosta de queimada,
o Boitatá serpenteia,
faz do fogo deles a cilada,
toca fogo em quem fogueia.
Lembrando do povo o adágio,
sem cair no plágio:
"Uma maçã podre o cesto apodrece".
Zabumba bumba,
bumba meu boi,
acorda o bem que o mal já foi.
Dançando cururu,
com caruru fazendo a rima,
sustentabilidade se encima;
na trova, na embolada,
sem língua enrolada,
bem publicada em cordel.
Largada ao léu a natureza;
maltratada,
responde ao homem com presteza;
violentada,
ante a desumana malvadeza;
o luxo de tanto lixo,
bota o clima pra ferver.
Chora a Iara e Guaraci,
Jaci chora;
o negrinho do Pastoreio,
traz de Tupã o aviso,
se o homem não mudar;
“a Cuca vai pegar”!
Porque o “bicho já está pegando”!
Salve a Criança,
o Erê, o Curumim,
para que no hoje se preserve,
para que o amanhã não seja fim.


Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

4 Comentários

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  1. Olá, amigo Antônio!
    Sensacional!
    Muito diversificado abordando os diversos matizes folclóricos que tanto nos encantam desde criança.
    Parabéns pela criatividade!
    Tenha uma nova semana abençoada!
    Abraços fraternos

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