Todo mundo morre

Deixe de bestagem, tá todo mundo aqui de passagem, viva melhor a vida, só ao bem dê guarida; pois quando a dona vem, não tem nhenhenhém, é só despedida.


Banco branco vazio com folhas secas e amarelecidas, caídas sobre ele. #PraCegoVer #ParaTodosVerem
Banco de madeira pintado de branco com algumas folhas secas de plátano, amarelas, caídas sobre ele. O banco tem detalhes de ferro pintados de preto em uma das laterais. No chão, há blocos de pavimentação de pedra com um pouco de grama crescendo entre eles. A foto transmite uma sensação de outono. - Imagem do Pixabay, descrição baseada no Be My Eyes.


O palhaço e o sisudão,
o marginal, o cidadão;
o pobre, o rico,
o desempregado,
o empregado e o patrão,
o dadivoso e o somítico;
o anônimo e o famoso,
o cara do povo, o seboso político;
o artista e o arteiro,
o honesto, o embusteiro;
o modesto e o bacana,
o sacana que se sente o tal;
o sujeito de bem, o estrupício do mal.
A morte.
Por vezes ela não manda aviso,
arranja o destino, um improviso,
chega sorrateira,
passa rasteira e lá se foi.
Com ela,
até quem se acha,
acaba por se perder;
não escapa nem o tirano,
mesmo com toda sua tirania;
com ela, não tem pronde correr.
Morre o catedrático,
o infelicitante burocrático;
o conversador e o calado,
o mandante, o tutelado,
o influenciador, o influenciado;
morre o pai de santo, o padre e o pastor,
morre o devoto e o pecador;
o batizado e o pagão,
o nanico, o grandalhão…
Morre toda gente,
o indigente também morre;
a sorte a ninguém socorre.
Por tanto;
deixe de bestagem,
tá todo mundo aqui de passagem,
viva melhor a vida,
só ao bem dê guarida;
pois quando a dona vem,
não tem nhenhenhém,
é só despedida.


Postado aqui em 26 de fevereiro de 2024, atualizado em 19 de agosto de 2025.

6 Comentários

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  1. Agradeço a leitura do poema. uma critica social permeada de bom humor.

    Ando despedindo-me para poder resolver problemas de saúde...
    Espero voltar vitoriosa...

    Dias agradáveis e felizes. Abraço, poeta amigo.
    ~~~~~~~

    ResponderExcluir
  2. Bom dia de Paz, amigo Antônio!
    "Até quem se acha,
    acaba por se perder".
    É o que não temos escapatória.
    Às vezes, ela dá sinais... outras vezes, vem sorrateira como o amigo diz.
    Seja como for, deixemos de bestagem e sejamos humildes porque nem a roupa que vão escolher para nós temos domínio.
    Tenha dias abençoados!
    Abraços fraternos de paz

    ResponderExcluir
  3. Olá, caro Antônio Apon
    É assim mesmo, meu amigo.
    Ninguém escapa, de nada vale
    a prosápia e a ambição, quando
    ela chega sorrateira ou com aviso
    vamos todos para o mesmo sítio.
    Abraço
    Olinda

    ResponderExcluir
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