Carnavalesca alegria

A vida real contrapõe a euforia passageira do Carnaval à dura realidade que retorna após a festa, destacando a ilusão, a fuga momentânea e as consequências inevitáveis da folia.

Cena vibrante de um carnaval brasileiro. No centro, há uma grande praça repleta de pessoas celebrando. Três carros alegóricos chamam a atenção, cada um com uma figura carnavalesca usando trajes coloridos e penas exuberantes. As figuras têm máscaras sorridentes e grandes adereços de cabeça em tons de laranja e amarelo. Ao fundo, uma igreja histórica e edifícios coloniais cercam a praça. O céu está repleto de balões de ar quente, e uma bandeira do Brasil é visível à direita. A multidão está animada, com muitos usando chapéus e segurando guarda-chuvas coloridos. A atmosfera é de alegria e celebração, típica de um carnaval. - Imagem do Chat GPT, descrição baseada no Be My Eyes.

Artificial,
a alegria cai na folia,
fantasia felicidade.
Esquizofrênica,
a utopia delira ser verdade.
Atrás do trio elétrico,
no passo do frevo, do samba;
no acorde da banda,
bamba,
a coreografia desfila.
Requebra,
quebra até o chão;
ao rés da musiqueta chinfrim,
ao toque do tamborim,
mercê do que seja bom ou ruim.
Alcoólico festejo,
entorpecido bordejo,
ensejo da ilusão.
Na quarta,
apaixonadas cinzas da realidade.
Distópica,
a vida real se impõe,
desmascara a irrealidade que jaz.
Os boletos chegam,
se achegam as responsabilidades,
a inutilidade de fugir.
Enfim,
ano novo nos trópicos!
Para os desavisados,
a surpresa;
qual cavalo de Troia,
da carnavalesca paranoia,
depois de nove meses vai nascer o resultado.