“Eu sou porque nós somos”. Filosofia de vida que contrapõe o individualismo da nossa atrasada modernidade, apressada e tão mal apreçada; desumanizada.
No pulsar da aldeia nasce a voz,
no toque do batuque, tom do som,
ecoa a força de cada um em todos nós.
Um só coração, múltiplos corações a bater,
bate que bate no ritmo do todo bater.
“Eu sou porque nós somos.”
Eu não sou eu sem o teu pulsar,
sou tua parte em toda parte e qualquer lugar.
Ubuntu! Sou como tu és,
luz que se divide, multiplicar do mais.
Mão que ampara, sorriso que refaz,
Ubuntu! Amor que nos traz iguais.
Na ginga da vida, ciranda o chão,
levanta poeira o coreografar da canção.
Cada alma, um tambor a tocar,
sinfônico mundo a pulsar.
O que vai de mim para o outro, do outro volta pra mim,
ação e reação,
nesse entrelaço eterno sem fim.
Ubuntu! Sou como tu és,
luz que se divide, multiplicar do mais.
Mão que ampara, sorriso que refaz,
Ubuntu! Amor que nos traz iguais.
Vozes uníssonas num cântico antigo,
ancestralidade de um canto amigo.
sem fronteira, sem cor nem religião,
somos chamas,
fagulhas, centelhas da mesma Criação.
Ubuntu! Somos o ser de um só ser,
toda vida compreendida num só viver.
Da alma e do tambor ressoa a lição:
“Eu sou porque nós somos” — equacionar da canção.
O sol renasce no todo amar,
Ubuntu… Ao nós iluminar.
Confirmar:
“Eu sou porque nós somos.”










