O novo independe do calendário, para lá da translação, nossa transformação faz natal e ano novo qualquer dia. Fé no alto e em si, teimar em ser feliz.
Ser feliz é não descrer na utopia.
Com os pés no chão,
fazer um natal a cada dia.
E a cada dia reinventar o novo.
Ano novo não é mera questão de calendário,
não é tão somente,
o girar do mundo em torno do sol;
é a translação dos quereres,
reciclar dos fazeres,
possibilidades a empoderar.
Tratar as lágrimas como gotas de orvalho,
pingos ligeiros,
passageiros respingos do que se há de ir.
Ser feliz;
é encontrar dias de verão em pleno inverno,
descobrir primaveris flores de alegria,
na poesia das folhas outonais.
Compreender,
que cada estação tem o seu quê de ser.
Ser feliz é viver a arte da vida,
o artesanato da lida,
o lidar de quem faz acontecer.
Não duvidar,
nem reclamar;
jamais lamentar,
nunca desistir.
Creditar ao mais alto,
acreditar em si.
Ser feliz é levantar quando cair,
consertar quando desastrar;
corrigir quando errar,
persistir quando acertar.
Ser feliz,
é tirar o Cristo da cruz,
nascer e renascer da luz.
Na manjedoura desse mundo de meu Deus,
no natal e ano novo de todo dia,
fazer bom cada bom dia.
Renovar,
inovar;
teimar em ser feliz.
Ser feliz é ser feliz.










