Tempo, gaiola e liberdade


Relógios dissolvendo.

Ser humano, triste passarinho.

Na gaiola do seu tempo,

contempla a liberdade passar.

Passa nas horas vazias,

passa os sonho e a fantasia.

Passa na pressa do dia,

passa a inspiração e a poesia.

Passa a infância perdida,

a lembrança esquecida,

imaginação que desaprendeu a voar.

Passa na agenda corrida,

no sentir sem acolhida.

Passa num fugaz passar.

Triste homem passarinho,

Na gaiola de sua liberdade,

Assiste o tempo deixar a vida passar.


Gaiola vazia.


Antonio Pereira Apon.

Siga-nos

Dê uma espiadinha em nossas postagens mais recentes:


Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

12 Comentários

Obrigado por sua visita. Agora que terminou a leitura, que tal deixar seu comentário na caixa de comentários abaixo? Sua interação é muito importante. Obrigado.

  1. Meu amigo poeta, pois é bem do tempo moderno, quem sabe ao certo o que é liberdade?
    Lindo poema de versos comparativos,pois queríamos ser como passarinhos,mas como nem esses voam livres que dirá nós, seres humanos presos de todos os jeitos?
    "...Triste homem passarinho..."
    Abraços meu amigo poeta querido!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O pior, é que nós mesmos inventamos e reinventamos nossas próprias gaiolas. Insensata humanidade.

      Um abração.

      Excluir
  2. Lindo seu poema amigo! O tempo urge, precisamos aprender a nos libertar das amarras que nós mesmos nos impusemos e que nos fez perder de nós mesmos, pela correria do tempo...
    Beijos,
    Valéria

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A chave de tudo está em cada um de nós. Temos preferido nos trancafiar nas ilusões. Obrigado Valéria.

      Um abração.

      Excluir
  3. Olá meu querido amigo!

    Muito emocionante seu poema, enquanto ia lendo fui refletindo sobre minha própria vida e pude ver como tens razão... Difícil alguém que seja realmente livre nos dias de hoje e seu texto é um retrato desta realidade.
    Além das amarras espontâneas da vida que às vezes nos aprisionam, acabamos criando mais e mais gaiolas para nós mesmos. Levamos pelo ritmo frenético que nós mesmos nos impomos, acabamos perdendo a noção do que nos cerca.
    Ótima reflexão para todos nós, e como você disse no comentário, a chave para mudanças está em nós :)

    Grande abraço e que sua semana seja ótima!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Por mais paradoxal que pareça, fazemos da liberdade um cativeiro. Vivemos criando gaiolas de ilusão, incoerência, desvalor, ambição, vazio, vicio... ...

      Obrigado Samanta.

      Um abração. Boa semana para ti também.

      Excluir
  4. Antonio,simplesmente lindo seu poema!Quantas vezes nos engaiolamos em coisas sem nenhuma importancia!bjs e meu carinho,

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. De fato, vivemos nos aprisionando em fantasias, miragens, fugazes ilusões.

      Obrigado Anne.

      Um abração.

      Excluir
  5. Que lindo Antonio


    Também acho que o homem é passarinho que desaprendeu a voar.

    Beijos
    Ani

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. "desaprendeu a voar", criou gaiolas e se trancou dentro.

      Obrigado Ani. Um abração.

      Excluir
  6. https://poemasdaminhalma.blogspot.pt/
    Olá caro António, obrigada pela sua atenção referente à minha cirurgia.
    Realmente estou em recuperação e tenho abusado bastante... o que está a trazer-me alguns dissabores.
    Mas a tentação poética e os amigos e ainda algo mais, que não consigo abdicar enfim, confio em Deus.
    António, gostei imenso dessa linda poesia... só não pensei que o homem um dia deixaria de voar.
    Sabe-se lá porquê? Talvez o tempo e a voz do pensamento.
    Maravilhoso poema que convida à reflexão.
    Beijo de paz e bem.
    Luisa Fernandes

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O ser humano se autossabota, manieta-se, estagna em seus complexos que o impedem de voar.

      Um abraço e uma boa semana.

      Excluir
Postagem Anterior Próxima Postagem

Pular para comentários.



Textos para todos os dias. Curta a arte da              vida!


Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




Fale conosco.


No Youtube, se ainda não se inscreveu, inscreva-se em nosso canal Apon na arte do viver., clique no sininho para escolher receber nossas notificações, ser avisado(a) dos vídeos novos. E não esqueça de dar seus likes. Conto com você! Obrigado.


Esse e muitos outros vídeos, você também encontra em nosso canal no Dailymotion.