Ano novo: Desejos X Necessidades


Arco-íris.

Um ano novo, não será suficiente para atender todos os nossos desejos. Talvez nem dois, três ou mesmo uma vida inteira! Nosso desejar, costuma superar em muito as nossas necessidades, descambando para a futilidade, o supérfluo, artificial até o despropositado. Desmedido, incontido, superlativo… Segue inflacionando os dias, endividando o tempo, superfaturando o existir. E quando o corpo somatiza o alto custo da nossa insensatez, culpamos: O destino, a sorte, Deus...


Desejamos um automóvel de luxo, aquela máquina com todos os penduricalhos tecnológicos que a indústria queira inventar. Necessitamos, um veículo que nos transporte com conforto e segurança.

Desejamos uma ultra, super, mega residência, ricamente decorada, aparatada. Necessitamos, um lar acolhedor.

Desejamos uma conta bancária com incontáveis zeros à direita. Necessitamos, não mais que o suficiente.

Desejamos um smartfone top dos tops. Necessitamos, um dispositivo de comunicação e entretenimento.

Desejamos uma coleção de modernosos aparelhos e bugigangas com “mil e uma utilidades”, como dizia a propaganda daquela esponja de aço. Necessitamos, de utilitários realmente úteis.

Desejamos ostentar, aparentar o que não somos. Necessitamos, ser o que podemos ser.

Desejamos ser famosos, ricos, bem-sucedidos, idolatrados… Necessitamos, ser gente, a gente, agentes!

Desejamos desnecessárias “necessidades”. Necessitamos, menos desejar.

Desejamos ter. Necessitamos, ser.

Desejamos mudanças. Necessitamos, mudar.

Desejamos um mundo melhor. Necessitamos, ser melhores.

Desejamos um ano novo ideal. Necessitamos, um ideal de ano novo.

Desejamos, desejamos, desejamos… Necessitamos...



Postado aqui em 21 de dezembro de 2016.


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Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

11 Comentários

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  1. E é ao som desta música tão envolvente, cálida, "alimentada" e abrilhantada pelos beijinhos e pipiares dos passarinhos, que estou te escrevendo, mas não consigo me concentrar, porque sou muito coração e pouco razão, como sabes, e por isso, vou esperar que ela pare, pra eu ser capaz de comentar, razoavelmente, teu post.
    ME É DIFÍCIL RESISTIR AO BELO!

    Já terminou esta sinfonia, esta melodia tão soft, quanto deslumbrante. Então, agora, me "dá tua mão" para que eu possa escrever com muito mais solidariedade, segurança e verdade.

    Meu querido, como sempre, puseste o "dedo na "ferida", chamando a atenção para aquilo que não está correto, para aquilo que desejamos, mas não é necessário, nem prioritário. Fazes trocadilhos, bem inteligentes e fico rendida às tuas palavras, COMO SEMPRE.

    Fiquei muito feliz por verificar que das "coisas", que tu enumeras, nada eu tenho e NEM DESEJO. Quero saúde, sim, paz, luz e amor, apenas.

    SÊ NATAL, NA SUA ESSÊNCIA E SÊ ANO NOVO, DIFERENTE, PARA MUITO MELHOR, AINDA!

    Beijinhos para ti, António e para toda tua família, que é decerto maior que a minha, mas eu me sinto muito bem e feliz, desse jeito.

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    1. O necessário costuma ser infinitamente menos que o desejado, A ambição tão desmedida quanto a insensatez humana, leva-nos a perseguir supérfluos e frivolidades que oneram a vida e afligem a alma a cata de bagatelas ditadas pelo marketing, pelo consumismo tolo e pueril.

      Não precisa esperar acabar a melodia. No finalzinho do texto tem um tocador com um botão para parar a música. E por falar em música… às 00:02 dessa segunda-feira (horário de Brasília), programei uma postagem sobre o arco-íris e o ano novo, com uma musiquinha de fundo que considero uma das mais belas e inspiradas.

      Quanto aos parentes, tenho uns pouquinhos: sete irmãos, umas duas dezenas de tios e uns cerca de trocentos primos. Kkkkk… Só...

      Vamos buscando nosso melhor sempre!

      Bom domingo e uma boa semana. Abraçãozinho.

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  2. Tal e qual, António! A ambição desmedida conduz, quase sempre, a estados de alma alterados, vida já sem sentido, pke ter mto dinheiro não dá felicidade a ninguém, antes, pelo contrário.

    Gosto de andar no meu tempo e mias ou menos a par das tendências, mas não sou influenciada pelo marketing, nem publicidade. As pessoas com menos Eliminar palavra repetidas e cérebro são aquelas que têm mais "tralha", tablets, smartphones, carrão de luxo, enfim, nada que melhore esse mundo.

    Ah, desconhecia, esse tal botãozinho, mas quando a "coisa" me agrada esmo, eu até repito, mas muito obrigada!

    Fico esperando, então, tua postagem alusiva ao arco-íris e Ano Novo e de ouvidos já bem despertos.

    O QUÊ? "TROCENTOS" (rs)! VIRGEM SANTÍSSIMA! AINDA NÂO CONHECIAM OS MÉTODOS CONTRACETIVOS. SÓ PODE!

    É que no teu país, as pessoas se lamentam, caso não consigam ter filhos. Ainda não entendi esse desejo, juro! Mas pra quê tanta gente à nossa volta, se duas podem fazer uma grande festa e até só uma? Tu quebraste a tradição, ou seja, tens uma filha, apenas e acho que chega.

    Bom domingo, não comas, em excesso, mas ama o que te for possível, muito, quero escrever.

    Abracinho, hoje, "por castigo" (risos)!

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    1. O problema não está nas “tralhas” tecnológicas, mas nos abusos, extravagâncias feitas com elas, através delas ou para tê-las. O real problema, é a tralha existencial de certas pessoas que se tornam escravas das coisas, quando apenas deveriam e poderiam usá-las com utilidade e discernimento, sem exibicionismo, ostentação ou algo assim.

      A informática, por exemplo, nos permite essa interação além-mar e tantas coisas que podem ajudar ao ser humano, no entanto, há quem desvirtue…

      Pois é… Antigamente o povo parecia coelho… Kkkkkk…

      Bom restinho de domingo. Abraçãozinho.

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  3. OI, eu já deveria estar dormindo, mas como hoje me levantei bastante tarde, ainda não tenho sono.

    Estive lendo meu comentário acima e que trapalhada de escrita a minha, meu Deus, mas já deu pra ver que tu me entendeste. Me aconteceu estar escrevendo e reparar que surgia um traço a vermelho por baixo de uma palavra que estava corretamente escrita. Ora, pensando que algo estaria mal, cliquei para corrigir e pronto apareceu "Eliminar palavra repetida". Não entendo nada de Informática, como já sabes.

    Sim, podemos usar as "tralhas", mas com conta, peso e medida e não armar em gente importante, que normalmente, é aquela que nada tem, nem materialmente, nem cerebralmente.

    A Internet é um veículo poderoso, rápido, mas deve ser bem conduzido (rs), mas infelizmente, alguns a usam, de forma nada correta, abusiva, direi mesmo. Tanta adolescente caindo no "Conto do Vigário"!

    Sabes, era a falta de TV e dos meios de comunicação social (risos), mas as pessoas de antigamente se podiam relacionar, intimamente, de manhã, à hora do almoço, ao lanche, ao jantar e na hora da ceia (que exagerada, eu sou), mas se prevenindo.

    Abração - palavra derivada por sufixação, ou seja, a palavra primitiva é abraço, mais o sufixo "ão", que significa muito, grande.
    Abracinho - palavra derivada por sufixação, palavra primitiva, abraço mais o sufixo "inho", que significa pouco, reduzido, pequeno.

    Então o que tu me envias é um misto dos dois, por uma questão de equilíbrio (risos). Tão "louco" que tu és!

    Abracinho, ou melhor, um beija-mão, porque meu metro e meio não chega ao teu 1,76 (risos)!

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    1. Corretor ortográfico é assim mesmo...

      "De médico e louco, cada um tem um pouco", diz o ditado. Portanto: Um abraçãozinho e uma boa semana.

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  4. Já vi que comentei este post e tantas palavras eu tive para dizer. Tu sempre me entendendo,
    Não queremos desnecessárias necessidades, mas as pessoas vivem para ter e não para ser, infelizmente.

    Beijos, querido.

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