Todos, “todo mundo”. Pan o que?


Mãos dadas. #PraCegoVer

Quando conveniente, costuma-se usar a expressão: “todo mundo”. Não no sentido literal de o mundo todo, mas referindo-se a um grande número de pessoas que diz ou faz algo. Porém, quando o “todo mundo”, não se adéqua a determinados interesses, aí vem o “cada um por si e Deus por todos”. O sujeito se inclui fora do bolo, enfraquecendo a amizade, como se alguém pudesse de fato se por à parte do todo, do grande conjunto da humanidade. E daí?! Esopo, na fábula que versa sobre o feixe de varas, demonstra a tibiez de cada um, quando apartado do “todo mundo”:

“Era uma vez um pai cujos filhos viviam brigando entre si. Tentou ensiná-los a evitar aquelas discussões , mas em vão. Um dia, chamou-os todos e mostrou-lhes um feixe de varas. Disse-lhes:

- Dou um prêmio a quem conseguir quebrar este feixe de varas.

Cada um dos filhos tentou, curvando o feixe nos joelhos, no pescoço, sem conseguir quebrá-lo. Por fim, o pai desamarrou o feixe e partiu as varas, uma a uma. Ele lhes falou:

- Se vocês se mantiverem unidos, ninguém ousará lutar contra vocês. Se se separarem estão perdidos.”

Moral da História: "A união faz a força."


Assistimos a noção de coletivo ser usada e abusada em favor dos caprichos do ego, da alienação individualista, fazendo com que ninguém ganhe verdadeiramente e “todo mundo” perca. Improvisando-se à parte, quem precisa fazer parte das soluções. Negacionista, o egocentrismo egoísta e ignorante, divide, no lugar de somar e multiplicar; enfraquece, invés de fortalecer e otimizar. Ilude e engana, desirmana a desenganar.

Sem uma concepção legítima, honesta e sincera de “todo mundo”. Aberta a caixa de Pandora, no pandemônio da pandemia, há quem delire, apostando numa panaceia miraculosa, intentando minimizar o prefixo Pan, que dá a ideia de: todo, inteiro. O eu, sem nós, é miragem; movediça areia, onde se debate a razão e afunda o coração. Enquanto não perdemos nossa humanidade. Nossos, são os problemas de cada ser humano. Onde a indiferença enxerga números, a negligência vê estatísticas, a perversidade admira gráficos; gente, sente por quem também é gente. Todos, “todo mundo”.

Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

6 Comentários

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  1. Bom dia:- Por acaso também costumo usar essa expressão " Para todo o mun do", lol
    Sem dúvida alguma que a união faz a força. Como sempre gostei de passar por aqui e ler
    .
    Bom fim de semana.

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    1. "Todo mundo", não deve ser retórica, mas uma vivência. Unidos somos mais fortes para tudo enfrentar e vencer, derrotar a má vontade e a maldade dos egoístas, hipócritas, desumanos...

      Um abraço. Tudo de bom.
      A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.

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  2. Antonio,
    Grande verdade esse seu texto.
    Quem deveria estar junto, está
    separado e quem n~~ao podia se juntar
    está se fortalecendo.
    Infelizmente, essa é a realidade.
    Bjins entre sonhos e delírios
    CatiahoAlc.

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    1. Império dos desvalores, subvertendo os reais valores da sociedade. Separando, dividindo, isolando, iludindo para melhor manipular. Eis o que temos e muitos dizendo amém para os algozes do povo, da humanidade.

      Um abraço. Tudo de bom.
      A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.

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  3. Boa noite de sábado, amigo Antonio!
    Dá uma desolação profunda ver muitos ainda agindo individualmente, sem fazer renúncias, sacrifícios pelo social.
    Eu fico assim, preocupada com tanto individualismo no meio a tudo e a todos, sobretudo tantos abatidos já...
    Tenha um domingo abençoado!
    Abraços fraternos de paz e bem

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    1. A vida ensina, queira ou não, quem vive, um dia aprende. Muitos teimam na ilusão de se bastarem, mas um dia, desiludidos, acordarão para o coletivo, para a solidariedade e a empatia. O vírus do egoísmo há de ser vencido.

      Um abraço. Tudo de bom.
      A ARTE DA VIDA. APON HP 💗 Textos para sentir e pensar.

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