Vida; manhã, tarde, noite; madrugada...


Amanhecer numa paisagem de estrada com árvores e névoa... #PraCegoVer

A vida amanhece a brincar numa incontida urgência, a matutina brisa da infância, se encorpa, rodopia jovial entre as flores do existir. Ensimesmada e voluntariosa, ela se arrisca, alheia ao tempo, descompromissada, desafia a tudo e todos. Julgando-se incompreendida, não compreende as regras e normas que intentam educar-lhe os arroubos da idade, o batidão de tantas vontades…

Vespertina, a vida vai se ajeitando entre o apreçar e a pressa, o ter e o ser disputando a rotina; o feito e o não feito cobrando tributo, pensares e sentires de quem se desencontra tentando se encontrar. Madura, ou ainda perseguindo um tardio maturar, ela costuma tocar, alternar baladas alegres ou tristes, administrando a “playlist” do “Happy Hour”, entardecer na biografia que se vai escrevendo…

Anoitece e avida cobra a sóbria calma de quem muito deve ter aprendido a compreender. Os reflexos do dia, repercutem no corpo e na mente; sem aquela anterior afobação, o cotidiano reclama maiores cuidados; na equação do tempo, na colheita dos frutos do que semeou, arrematar o por fazer, refazer ou aperfeiçoar o já feito. Um “Jazz”, um “blues”, uma reflexiva sonata; convidam, dão o tom da madrugada que se achega numa harmoniosa sinfonia…

O título desse escrito que a ela versa, resume, sintetiza a vida na estrutura de sua pontuação. Não tem “parágrafo”, pois ela não para um só instante; nada de ponto final, ela não finda! Já nasce com um “ponto e vírgula”, aquele respiro profundo, o suficiente para encher os pulmões da criança e acordar o primeiro choro de quem amanhece. Entre “vírgulas”, seguem os turnos, fases do viver; onde acontece a aventura do espírito humano na Terra. Aí, vem um novo “ponto e vírgula”, que, mal compreendido, é chamado por muitos de “último suspiro”. Quando na verdade, é aquele suspirar mais forte de quem embarca numa nova viagem. A madrugada é o espaço-tempo de quem transita entre o que já não é noite, porém, também ainda não é dia. Saguão, estação onde a vida infinda; “Check-out” do ontem, “Check-in” de um novo amanhecer…

Antonio Pereira Apon.

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Antonio Pereira Apon

Autor do poema: A pedra. O distraído nela tropeçou... Procurando escrever em prosa e verso com a arte da vida.

6 Comentários

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  1. Independentemente do tema que gostei de ler, desejo que
    .
    Tenha um domingo feliz

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  2. Leitura, além de agradável, encantadora, é profunda e reflexiva sobre as fases da vida.
    Abraços fraternos!

    ResponderExcluir
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Clique para ler: A pedra.            Poema de Antonio Pereira Apon.




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