Desmascare, desmascare-se

Somos apenas quem somos. Pra lá das máscaras, somos a face indisfarçável; a realidade para além da persona, verdade que não se presta a personagem.

Homem em plano médio, vestido com um terno cinza escuro e camisa branca. Ele está de perfil mas com o corpo levemente voltado para a frente, criando uma sensação de mistério. Seu cabelo é escuro e bem penteado para trás. No rosto, ele usa uma máscara preta, que cobre completamente sua face, exceto pelos olhos, que olham diretamente para a câmera através dos recortes da máscara. Com a mão direita, ele segura uma máscara branca na frente do rosto, posicionando-a ligeiramente à esquerda, de maneira que a máscara branca fique parcialmente sobreposta à preta, mas não encobrindo-a totalmente. A máscara branca também tem recortes para olhos, nariz e boca, mas está vazia, sem expressão. O fundo é degradê, variando do cinza mais escuro no topo para o cinza claro na parte inferior, sem nenhum outro objeto na cena. O conjunto das duas máscaras – uma preta e uma branca – transmite uma ideia de dualidade ou de esconder a verdadeira identidade. - Imagem do Pinterest, descrição baseada no Be My Eyes.

Somos um pouco de todos que interagem conosco,
mas somos nós,
não devemos ser os outros.
É preciso cuidar de não se perder de quem se é.
Pra lá das máscaras,
somos a face indisfarçável;
a realidade para além da persona,
verdade que não se presta a personagem.
A essência não foge nem finge,
o eu não transige;
desmascara nosso mascarar.
No teatro das relações,
no artifício das convenções.
Palavras forjadas,
calculadas ações,
sensações sem sentido,
protocolares maquinações.
Perdidos por trás das máscaras,
foragidos de quem somos.
O ter sufocando o ser,
parecer,
até desaparecer de si mesmo;
adoecer.
Cure-se!
Apareça!
Desmascare, desmascare-se!