Amor é bossa, é prosa, é poesia escrita a dois; é euforia é alforria da solidão. É a música que cala o silêncio, melodia que toca no espaço-tempo de dois corações.

O amor pode ser um ser ou não ser
e sofrer, não precisa ser sofrência,
o amor não se presta a clichê.
Amor é o querer de dois quereres que se querem,
senão, não é amor.
Ele é encontro,
se desencontra, ainda não é amor.
O amor não é piegas,
não dita regras,
propõe-se amor.
Guarda a infinitude dos momentos eternos,
a impermanência da transitoriedade humana.
Amor não é um título de posse,
não adona ou se deixa adonar,
é um mútuo se dar;
sentires convergentes,
natural amar.
Não é caricato ou panfletário,
nada arbitrário,
é laço que jamais se faz nó,
contrato sem contrato,
nada caricato ou novelesco,
é amor quando amor é.
Senão,
é tão somente um só senão,
desrazão de um desamor.
O amor pode ser um ser ou não ser
e sofrer, não precisa ser sofrência,
o amor não se presta a clichê.
Amor é bossa, é prosa,
é poesia escrita a dois;
é euforia é alforria da solidão.
É a música que cala o silêncio,
melodia que toca no espaço-tempo de dois corações.
Amor só é quando é pra ser.